• Siga-nos em nossas redes sociais:
terça-feira, 19/03/2019
Cultura é Currículo

Seis dicas para preservar a segurança de crianças e adolescentes na internet

Criar hábitos seguros e identificar situações de risco são ações importantes no meio digital

O advento das redes sociais, a popularização de tecnologias como o smartphone e o tablet e o acesso à internet mudaram profundamente a forma como nos comportamos e nos relacionamos. A segurança desses ambientes digitais é um desafio complexo, em especial para pais e educadores que queiram proteger e garantir a preservação dos jovens no vasto e muitas vezes desconhecido campo da internet.

Na internet, a segurança nem sempre é uma questão prática. Isso significa que desenvolver hábitos muitas vezes é mais seguro que a instalação de dispositivos. Saber identificar possíveis sites e contatos de atenção, ou escolher senhas mais fortes são alguns costumes que podem ser desenvolvidos em jovens para evitar golpes, ameaças e outros comportamentos de risco.

“Muitas vezes, é mais interessante estimular um debate que estimule a empatia e a análise crítica de argumentos do que só apenas apontar o que é crime e o que não é”, explica Rodrigo Nejm, diretor de educação da SaferNet Brasil. Para fomentar o diálogo, você confere uma série de dicas para estimular crianças e adolescentes a terem hábitos mais saudáveis na internet.

  • Atue na escolha de senhas fortes e de difícil adivinhação

A senha de redes sociais ou de um computador pessoal não pode ser compartilhada e deve ser de difícil adivinhação. Evitar dados de identificação, como nome ou sobrenome, ou informações facilmente identificáveis, como endereço, escola ou nome do animal de estimação, é uma maneira de criar uma senha forte. O uso de letras maiúsculas, números e símbolos também ajuda a criar um padrão e evita o uso de senhas por terceiros, para criação de perfis falsos ou crimes virtuais.

  • Estabeleça um tempo diário de acesso

Negocie o tempo de acesso à internet com jovens e adolescentes. Estabelecer uma rotina diária de acesso ajuda também a organizar a vida do jovens e estabelecer momentos de estudo e outras atividades prazerosas, como passear, estar com a família, estar com amigos ou praticar atividades físicas. Para ajudar nessa rotina, coibir notificações pode ser importante para não gerar ansiedade.

  • Oriente sobre a participação em grupos de conversa 

Participar de chats, fóruns, grupos em redes sociais e em aplicativos de mensagens é natural entre jovens, ainda mais num momento de busca por identidade e conexão. Mas com cuidado. Oriente para que eles não compartilhem informações pessoais, como nome, sobrenome, endereço, nome da escola e nome dos pais nesses grupos

  • Medie encontros com amigos virtuais

Acompanhar com quem o jovem fala online e quando acontecem os momentos de encontros presenciais é fundamental para evitar riscos. A participação de pais e educadores é fundamental na mediação desses encontros. Além de gerar confiança, a presença de um pai ou de um responsável afasta pessoas má intencionadas.

  • Oriente sobre responsabilidade e reputação digital

Ter um celular e poder compartilhar informação, seja por mensagens ou nas redes sociais, é uma grande responsabilidade. Oriente jovens para que eles exerçam essa liberdade com inteligência, ou seja, não compartilhem imagens ou escrevam coisas que possam se arrepender depois. A internet não guarda segredo e não perdoa.

  • Estimule a conversa quando algo incomoda

A conversa e transparência é o melhor meio de identificar riscos. Solicite que conversem com você e busquem ajuda toda vez que virem algum conteúdo que cause medo, insegurança ou provoque desconforto.

Atividades multidisciplinares podem ser aplicadas na escola

Desenvolver hábitos saudáveis de uso da internet em jovens e adolescentes pode extrapolar o conselho e a conversa e ir para dentro da sala de aula, com atividades que respeitem a grade e estimulem o diálogo.

“Com os alunos menores, é legal estimular atividades para que as crianças dialoguem sobre a internet com os pais. É legal que eles entrevistem avós e pais sobre o uso de tecnologias na época deles. Essa atividade pedagógica faz uma troca de realidades bem legal que dá uma estrutura maior ao aluno e abre o conteúdo”, conta Rodrigo.

Outra ideia de atividade pedagógica é inserir a segurança em diferentes disciplinas. Trabalhos de matemática, como gráficos, tabulação de dados e métricas, podem ser realizados a partir de dados sobre segurança na internet. Outra ideia é usar o tema para trabalhar outras línguas, como inglês e espanhol. 

Para Cristina Mabelini, coordenadora da EFAP, a ação do professor é fundamental no assunto: “Essas ações atendem aos interesses de toda comunidade escolar para garantir um ensino de qualidade a todos. Por isso, é importante valorizar os nossos profissionais”, comenta.