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quarta-feira, 27/06/2018
Foto Divulgação
Boas Práticas

Alunos do PEF conquistam ouro no Open Internacional de Judô

Os campeões fazem aulas na EE Governador Mario Covas, em Monte Mor

Alunos e alunas da escola estadual Governador Mario Covas, em Monte Mor, interior paulista, que participam da oficina de Judô, durante as atividades do Programa Escola da Família, venceram em suas categorias o Open Internacional de Judô, disputado em Santa Catarina. Mas, além do ganho esportivo, os estudantes também sobem no pódio quando o assunto é aprendizagem e bom relacionamento, tudo com a ajuda da modalidade olímpica.

Ao estabelecer parceria com o professor voluntário Davi Leandro dos Santos, o projeto, dentro da unidade escolar, vem tirando crianças e adolescentes do sedentarismo e das ruas. Firmada desde 2017, a parceria rendeu cinco medalhas de ouro no campeonato, o último disputado. Claro que o sucesso não é apenas dos atletas, mas de suas famílias que sempre apoiaram a iniciativa e o esforço de todos.

O PEF visa, através de parcerias, fazer com que a comunidade participe, não só do esporte, mas da cultura, da saúde e do trabalho. “Mas, com essa oficina, a importância é que os jovens ficam cada vez mais ligados ao esporte e menos tempo nas ruas”, afirma o vice-diretor da escola Governador Mario Covas, João Agostinho Neto.

Inclusive, para o vice-diretor, o Programa vive o protagonismo juvenil no esporte. “Nossos medalhistas ainda são adolescentes, e o esporte é importante não só para a formação, mas para uma disciplina, uma expectativa de vida melhor e tudo o mais”, completa João Agostinho.

As aulas de Judô refletem na sala de aula. Na visão de João Agostinho Neto, os estudantes estão mais organizados, o que impacta diretamente na disciplina e na concentração que devem ter na parte da aprendizagem. “O projeto iniciou ano passado, e o que eu percebo dos alunos que frequentam é que a autoestima melhorou, houve melhora no sentido afetivo também, pois conhecem mais pessoas. A emoção também, pois eles são estimulados a ter autocontrole. A parte emocional do adolescente é algo difícil de lidar, e o Judô ajuda com tudo isso”, avalia o vice-diretor.

Leonora Gafaldi Tiago, do 8º ano, tem 13 anos e adorou a experiência de ter viajado de avião pela primeira vez em sua vida. Mas a aluna ficou muito mais feliz com a conquista, um tanto quanto inusitada, da medalha de ouro na categoria Sub-15 – Meio Leve. “O engraçado é que eu ganhei de W.O., pois não tinha ninguém da minha categoria”, lembra aos risos a judoca.

Sobre as aulas, Leonora elogia as explicações do professor Davi. “A gente se diverte e é bem legal, pois enquanto ele ensina vai conversando, explicando, fazendo umas piadas de vez em quando. É bem da hora!”

É muito bom, pois me sinto bem fazendo esporte. Além disso, as experiências que ganhei e as memorias que tenho com o Judô são ótimas. A gente aprende e se diverte, a gente faz amizades. É um projeto que tem ajudado a mudar a minha vida para melhor”, elucida Sanderly Emilly Barbosa da Silva, 13, vencedora na categoria Sub-15 – Meio Pesado.

Diferentemente de Leonora, Sanderly teve que suar um pouco mais o quimono. “Eu fiz um pouco de esforço para conseguir ganhar da segunda, pois ela é mais graduada que eu. Ela estava ganhando de 1 a zero, e aí eu dei um ippon e venci por 100 a 1”, vibra a garota.

“Foi uma emoção muito boa, e na hora eu nem acreditei. Já estava aceitando a medalha de prata, pois a menina que dei o ippon era mais graduada que eu. Eu pensava que ir até lá e participar já era uma grande experiência, e quando chegou o ouro fiquei muito emocionada”, relembra Sanderly, que pretende seguir estudando a arte marcial. “É uma coisa que gosto, que me encaixo, e não faço por obrigação. É um lazer para mim”, conclui a medalhista.

Vencedor da categoria Sub-13, Paulo Gustavo dos Santos Gregório, de 12 anos, também conseguiu a medalha de ouro após vencer um oponente mais graduado. “Eu senti orgulho ao conquistar a medalha. E meus familiares ficaram muito contentes com a minha conquista. Eles disseram que foi uma surpresa muito boa para todos, e isso é um incentivo a mais para que eu continue tentando me superar”, explica o aluno.

O que mais motivou Paulo foi a dedicação do professor Davi com os alunos, desde a primeira aula. “E o judô mudou, na minha vida, o modo de pensar sobre o esporte. Antes, para mim, esporte era só para torcer, mas agora vejo que com ele me tornei um cidadão melhor”, conclui o medalhista.