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terça-feira, 15/05/2018
Governo do Estado de São Paulo
Boas Práticas

Aprender Matemática pode ser muito divertido

Na escola Marechal Deodoro, a matemática é ensinada de forma mais leve e lúdica

Geralmente, a matemática é a disciplina que tira o sono dos alunos. No entanto, existem diversas formas de tornar o aprendizado mais leve, os professores só precisam alternar os recursos à disposição. Na escola Marechal Deodoro, em São Paulo, com a implementação do MMR – Método de Melhoria de Resultados, os educadores desenvolveram atividades lúdicas que aumentaram o aprendizado dos alunos da unidade de ensino.

A professora coordenadora da unidade, Noelia de Jesus Tacla, explica que “através dos ATPC’s, foi feita a implementação juntamente com os professores e a diretora Miriam. Todos trouxeram novas estratégias, como os jogos”. Então os professores começaram a trabalhar em todas as aulas, e esses jogos eram utilizados em sala e também nas aulas de Educação Física e Artes.

Foram vários jogos/oficinas em que os professores vivenciaram os fundamentos da matemática com as crianças. E foi possível concretizar ensinamentos dos cinco eixos temáticos: números, operações, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação. Além disso, os alunos entenderam o sistema de numeração decimal, cálculo mental, escrito, exato e aproximado.

Com o EMAI, livro para a Educação Matemática nos Anos Iniciais, a compreensão da disciplina ganha forte a liada. No entanto, o MMR serve para que os professores e a direção encontrem outras formas de atingir resultados de forma mais eficaz e rápida. A partir do Método de Melhoria de Resultado, foi feito um levantamento das habilidades com baixo desempenho e, no final de 2017, os frutos foram colhidos.

“Esse retorno para nós foi muito satisfatório, pois quando compreendemos, no fim de 2017, que o MMR estava no início de tudo, observamos professores de Educação Física ensinando perímetro, área, por exemplo”, afirma Noelia. “E quando fizemos os simulados do Saresp eu tive uma satisfação muito grande, era sorriso e alegria. Porque ali era o resultado de todo um trabalho. Então o MMR veio para ficar. Nós não fizemos nada diferente, apenas complementamos o trabalho”, conclui a professora coordenadora.

Tudo foi dividido em algumas etapas. Os organizadores começaram com os ditados de números, depois passaram para as operações e, por último, as situações problemas e atividades de espaço e forma, bem como o tratamento da informação e grandezas e medidas. O melhor é que todas as aplicações foram tranquilas, os alunos realizaram tudo sem muitos questionamentos e/ou dúvidas.

Mariane Caroline Gonzales, de apenas 10 anos, que gosta da disciplina, acredita que “a matemática só se torna mais fácil se você estudar. E fica mais fácil ainda quando o professor incentiva”, enfatiza. A aluna Sara Santos Ribeiro, de 10 anos, também se dá melhor com a matemática, pois acredita que é uma disciplina mais prática.

Com o MMR, “na aula de Artes a gente também está aprendendo matemática, porque às vezes a gente pode desenhar uma bola, partir ao meio e fazer uma fração. Então, para mim, a Arte e a Educação Física são jeitos de aprender matemática”, conclui a garota.

Os professores da unidade escolar tiveram ainda ajuda de alguns estudantes de pedagogia da Uninove. Os universitários chegaram na escola com o intuito de fazer um estágio. Thainá Branco Ferrarezi, que atualmente é auxiliar de classe da Marechal Deodoro, garante que com “a oportunidade de estágio na unidade conseguiu desenvolver melhor a própria capacidade de atuação. Além de ajudar na formação de futuros cidadãos, principalmente dos que vieram de outros países”, diz.

Miriam Gironda, que é a diretora da Marechal Deodoro, no início do ano, quando chegou a proposta do MMR, chegou apensar que o trabalho seria mais árduo. Mas, com o projeto em andamento chegou à conclusão de que “é mais fácil. Você ensina de uma forma que eles brincam, aprendem e não fica aquela formula repetitiva. E no final do ano todo mundo fica feliz”. O que as escolas precisam é dar o primeiro passo, segundo Miriam. “Os materiais utilizados nesse projeto são bem fáceis de encontrar: papel craft, papel cartão, desenhos feitos pelos professores, sucatas… Enfim, as escolas só precisam ter boa vontade para desenvolver um projeto como esse”, ensina a diretora escolar.

Ficou evidente a necessidade do uso do material concreto, do incentivo à reflexão, o desenvolvimento do “gosto” pelo pensar, pelo vencer desafios e usar soluções criativas e pessoais para solucionar situações. É preciso ensinar os educandos a pensar. Isso não vai ajudá-los apenas na matemática, mas na interpretação de textos em geral e, principalmente, na vida prática.