Escola não é só um lugar constituído para se ensinar conceitos e equações. O ambiente escolar é o ideal para desenvolver habilidades e conhecimentos socioemocionais capazes de transformar o indivíduo para o resto da vida.
Na rede estadual de ensino paulista, por exemplo, quem participa ativamente dos Grêmios Estudantis sabe da importância do funcionamento da democracia e da representatividade desde cedo.
Em cada escola, um grupo de estudantes pode ser eleito a fim de representar os demais quanto a implementações de projetos e tomadas de decisões dentro do ambiente escolar.
“Os alunos têm que estar no centro das discussões da escola, pois eles devem ser agentes transformadores de sua própria história. As decisões não podem ser comunicadas de cima para baixos”, afirma o secretário de Estado da Educação de São Paulo, João Cury.
Por isso, para eleger um grupo representativo é necessário que os jovens formem chapas e apresentem propostas para toda comunidade escolar. Através de um processo democrático, é eleita a equipe com maior quantidade de votos.
“Eles são parceiros dos alunos, professores e gestores. A ação dentro da escola só acontece se eles estiverem trabalhando juntos. Os Grêmios vieram para construir e dar força à comunidade escolar”, ressalta Sônia Brancarion, membro da equipe responsável pelo Grêmio Estudantil da Secretaria da Educação.
Em todo Estado, mais de 95% das unidades já possuem equipes gremistas formadas. Com o Orçamento Participativo Jovem, programa recém-lançado pelo Governo do Estado, elas vão receber um valor de aproximadamente R$5 mil reais para realizar projetos de melhorias ao ambiente escolar. As equipes têm até o final do ano para executá-los.
