Escolas estaduais de todo o território paulista participam de uma mobilização coletiva contra o Aedes aegypti, mosquito que transmite o vírus da dengue. O objetivo é capacitar os alunos por meio da conscientização e prevenção para que atuem diante da situação e combatam a proliferação dos insetos.
Luciana Pegoraro, diretora da E. E. José Aparecido Guedes de Azevedo, em Bauru, conta que o trabalho que a escola tem desenvolvido é extremamente positivo.“Os alunos começaram a entender que eles são corresponsáveis no combate à dengue, pois essa é uma premissa que trabalhamos bastante nesse programa”, diz. “Eles entendem que o problema da dengue também é de responsabilidade deles, e planejam ações para monitorar e evitar a proliferação do mosquito”, explica.
Desde o primeiro dia de aula deste ano a escola vem desenvolvendo ações contra a dengue. Nesta sexta-feira (15), por exemplo, haverá apresentação de um documentário sobre o tema feito pelos alunos, além de exposições de trabalhos que têm relação com o combate ao Aedes.
“Dividimos os professores e cada um tem foco em uma ação. O ensino fundamental, por exemplo, está trabalhando com teatro de fantoches, enquanto alunos mais velhos estão produzindo difusores à base de citronela e repelentes de inseto feito com cravo-da-índia”, conta Luciana.
Além disso, a fanfarra dos alunos sairá pelas ruas no entorno da escola para conscientizar a população sobre a importância de combater os focos do mosquito.
Na E. E. Jardim Paiva II, em Ribeirão Preto, o cenário não é diferente. Lá, os alunos foram orientados sobre como combater a proliferação dos insetos, e um grupo atua periodicamente na comunidade. “É a Patrulha da Saúde. No contra turno escolar – junto com um responsável da escola – os alunos saem uniformizados e atuam para conscientizar a população”, explica o diretor da instituição Jorge Costa.
Também na sexta-feira (15), a escola planejou uma peça de teatro sobre a prevenção da dengue, além das ações da Patrulha da Saúde.
Em Barretos, interior do Estado, a E. E. Valois Scortecci também dá ênfase no combate à dengue com métodos de prevenção e participação ativa dos alunos. “Na sexta-feira (15) vamos distribuir panfletos feitos pelos alunos na praça e igreja próximas à escola. A ideia surgiu porque a escola já tem vários alunos com dengue. Algumas crianças vão vestir fantasias e estamos até treinando um grito de guerra para chamar a atenção da população”, conta a diretora Ivana Valéria Pereira. “Temos de cuidar e promover essa reflexão constante sobre a doença.”
Flores contra a dengue
Na E. E. Prof. Milton da Silva Rodrigues, na Freguesia do Ó, capital paulista, os alunos estão aprendendo a cultivar a crotalária, flor ornamental conhecida por atrair libélulas que, por sua vez, se alimentam de larvas do Aedes aegypti e também do próprio mosquito.
“Cada aluno recebeu três sementes, que atualmente estão no ‘berçário’, local em que eles aprendem a cultivá-las. Na sexta-feira (15) eles levarão as mudas para casa, para continuar cultivando a planta e ajudar no combate à dengue dentro da própria residência”, relata o diretor da unidade Osmar Carvalho.
Na escola, a ação contra o mosquito transmissor da dengue acontece desde o início da semana. Discussões, debates e brincadeiras em torno do tema educam jovens para exterminar focos doAedes aegypti. “Há turmas trabalhando uma peça de ‘passa ou repassa’ que envolve perguntas sobre o mosquito, e quem erra leva torta de chantilly na cara”, comenta o diretor.
Paródias musicais, apresentações da fanfarra e até ações visuais, como mosquito e libélula gigante, farão parte da programação na sexta-feira (15).
