• Siga-nos em nossas redes sociais:
quarta-feira, 23/05/2018
Ensino Fundamental

Mostra #JuntosSempre incentiva o apoio da comunidade escolar a alunos hospitalizados

Educação para alunos em tratamento de saúde também é tema de Congresso que ocorre em paralelo à mostra

A Secretaria Estadual de Educação, em parceria com o Hospital São Paulo e com a Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM, promovem a mostra cultural #JUNTOSSEMPRE com produções de alunos sobre a educação em ambiente hospitalar durante o 3º Congresso no Apoio ao Escolar em Tratamento de Saúde, que acontece entre hoje (23) e amanhã (24), na EFAP – Escola de Formação e Aperfeiçoamento ao Professor.

O principal objetivo da mostra é despertar o espírito de coleguismo e solidariedade entre os educandos. As produções artísticas devem ser inéditas e podem ser apresentadas em diferentes linguagens como desenho, vídeo, poesia, texto e música com o objetivo de apoiar o colega em ambiente hospitalar que está passando por um tratamento médico e, também, acolher os que retornam à escola depois de um período de afastamento. Cada estudante pode inscrever até dois trabalhos individuais ou em grupo.

3º Congresso Estadual

A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo promove nos dias 23 e 24 de maio o 3º Congresso do Estado de São Paulo no Apoio ao Escolar em Tratamento de Saúde. O evento gratuito é realizado em parceria com o Hospital São Paulo e com a Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM, e tem como objetivo refletir e integrar pesquisadores e profissionais das áreas da Educação, Saúde e Direito, interessados nas particularidades da escolarização dos alunos que passam por tratamento médico.

Continuar estudando mesmo durante a internação em um hospital evita a defasagem e, ao mesmo tempo, incentiva o aluno em seu tratamento. “O Congresso é uma oportunidade para enriquecer o debate sobre o tema. Além de possibilitar aos professores a reflexão sobre o desenvolvimento e o uso de novas metodologias que, de fato, atendam a diversidade existente no ambiente escolar”, esclarece a supervisora de Ensino da SEE, Gilda Inez Pereira Piorino.

Atendimento no estado

Os estudantes da rede estadual paulista não ficam sem ter acesso a aprendizagem mesmo quando não conseguem frequentar uma escola, por conta de tratamento médico. Ao todo, são 19 Diretorias de Ensino que possuem “Classe Hospitalar”. Aproximadamente, 54 docentes atuam nesses espaços, que são conveniados a vários hospitais em todo o Estado.

Um levantamento feito pela pasta mostra que 61 classes garantem atendimento a cerca de 1200 alunos. Não é possível afirmar um número exato de estudantes, pois os frequentadores de classes hospitalares são matriculados em salas regulares, além de ser um público flutuante.

A Classe Hospitalar é destinada para aquelas crianças que estão internadas, afastadas da escola e do seu convívio social, e que precisam de escolarização nesse período. Para que o atendimento durante a internação seja adequado, as professoras avaliam o conhecimento dos estudantes e começam seu trabalho a partir desse resultado.

Para Glenda Aref Salamah de Mello Araujo, membro da Equipe Técnica do CAPE, “a educação é um direito de todos, e é através das classes hospitalares que o aluno hospitalizado tem o seu direito garantido. As classes hospitalares funcionam dentro dos hospitais, mas estão vinculadas à escola estadual mais próxima. As classes hospitalares devem dar continuidade ao processo de desenvolvimento e ao processo de aprendizagem dos alunos que estão hospitalizados, contribuindo assim para seu retorno e reintegração ao grupo escolar, facilitando seu posterior acesso à escola regular. Para tanto, é essencial que o professor da Classe hospitalar esteja em constante articulação com o professor da escola de origem do aluno”, esclarece.

Tão importante quanto os resultados que a ação apresenta na área pedagógica, são os benefícios que as atividades podem trazer à saúde dos pequenos. Elivania de Oliveira, mãe de Ketelyn, aluna da rede, conta que sua filha estava caminhando para a perda do ano letivo, mas entende que “com a classe hospitalar ela conseguiu passar de ano”.

Na classe hospitalar, o trabalho dos professores é mais integral, e o que faz diferença é a mensagem que os profissionais da educação passam para os alunos de esperança, de que eles têm uma escola que está junto com eles. “Conforme diz Piajet, ela vai construindo dentro de seu espaço. Ela vai construindo aprendizagens. Isso tudo vai tendo repercussões favoráveis no processo dos cuidados físicos dela pela equipe medica”, entende Dra. Lea Chuster Albertoni, psicopedagoga e coordenadora da Classe Hospitalar UNIFESP.