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segunda-feira, 02/07/2018
Boas Práticas

Projeto “Minha Escola, Minha Cara” transforma alunos em protagonistas

A iniciativa começou nas aulas de Arte e logo se tornou multidisciplinar

Você gostaria de mudar alguma coisa na sua escola? Na escola estadual Padre Antão, que fica na capital paulista, os alunos puderam responder essa pergunta e o resultado foi uma unidade inteirinha com a cara de cada um. Com base no currículo, com a temática “Intervenção na Escola”, surgiu o projeto “Minha Escola, Minha Cara”, que estimula o protagonismo juvenil, o trabalho em grupo e ainda possibilita um novo olhar dos estudantes sobre a instituição.

Tudo começou nas aulas de Arte, mas ganhou força e foi se multiplicando até ser transformado em um trabalho interdisciplinar. “A ideia de transformação da escola já vinha dentro de mim desde que comecei a trabalhar nesta unidade”, conta Monica Garcia Patrício, professora de Arte. Primeiramente, foi feito um passeio pela unidade, onde os estudantes puderam fotografar os detalhes que mais lhes chamassem a atenção. “E eles foram buscando novos olhares para a escola deles”, completa Monica.

“Tinha parte da escola que para mim não fazia diferença nenhuma, e com esse trabalho passou a ter maior importância”, conta a aluna Beatriz Cardoso. Os estudantes tiveram a ideia de colocar curativos de papel em algumas paredes que haviam sido menos bem cuidadas pelos frequentadores do local para cobrar a consciência pelo zelo ao espaço público.

Uma cabine do banheiro, que estava sem uso, foi reutilizada como ambiente de reflexão. Com isso, os alunos e as alunas colaram nas paredes algumas das fotos que foram tiradas no início das atividades do “Minha Escola, Minha Cara”. Na saída do sanitário, uma caixa com mensagens passou a ficar à disposição, para que a pessoa pegasse um dos papeis, lesse e repensasse se aquela é a escola que ela queria.

“A matéria de Química começou a se envolver com o projeto por conta da necessidade de se levar aos alunos a desmistificação da disciplina. Juntamente com eles, conseguimos transformar todo esse espaço em um laboratório de uso comum”, revela Jorge Rivelino Costa, professor de Química.

“A gente está podendo presenciar as experiências, ter uma interação maior com o professor, e isso é totalmente diferente do que acontecia antes do projeto”, afirma o aluno Gabriel Roland Barbosa.

E foi assim que o “Minha Escola, Minha Cara” começou a criar uma rede entre todos os integrantes da comunidade escolar. Agora, os alunos são mais participativos e desenvolvem a função de protagonistas juvenis, cada um do seu jeito, cada um com a sua cara e todos parecidos com a escola Padre Antão.