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segunda-feira, 20/11/2017
A Escola Que Queremos

#DiaDaConsciênciaNegra: confira alguns autores negros que ajudam a entender o Brasil

Obras abordam facetas da sociedade em suas épocas; celebrado em 20 de novembro, a data é tema para a sala de aula

O dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, é dedicado à luta por igualdade e reconhecimento da população negra na construção da identidade nacional. Na literatura, em diferentes épocas, escritores negros retrataram a própria situação e da sociedade em que viviam. Nas escolas da rede estadual de São Paulo, parte desse conteúdo faz parte do currículo do Ensino Fundamental e Médio.

Além das bibliotecas e salas de leitura, a maioria das obras está disponível, de forma gratuita, no portal Domínio Público. No endereço também é possível conferir a coleção História Geral da África, organizada pela Unesco. Veja abaixo quem são os autores e as principais obras:

Machado de Assis

Um dos autores mais populares da literatura brasileira, Machado de Assis é também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, sendo presidente da entidade até a morte. Além de romances e crônicas, escreveu também para diversos jornais e revistas da época. Obras como Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e Quincas Borba são constantemente cobradas como leitura obrigatória nos vestibulares da Fuvest, Unesp e Unicamp.

Carolina de Jesus

Uma das primeiras escritoras negras do Brasil, Carolina ficou conhecida por relatos em forma de diário. Em seus cadernos, registrava o dia-a-dia da comunidade e dificuldades. Com a ajuda de um jornalista que visitava a comunidade e teve acesso aos escritos, Carolina se transformou em escritora de sucesso com Quarto de despejo, livro que contém diversas partes de seus diários. A autora ainda escreveu diversos poemas, contos e diários, e foi essencial para o entendimento da vida nas favelas da época.

João do Rio

Os livros de João do Rio traduziram em palavras o cotidiano e a paisagem da vida carioca no início do século XX. Pseudônimo de Paulo Barreto, o cronista sofreu diversos preconceitos por ser homossexual e mulato para se firmar no meio literário. O livro mais conhecido, A alma encantadora das ruas, é uma coletânea de crônicas sobre as reformas do Rio de Janeiro na época. Foi eleito membro da Academia Brasileira em 1910 depois de duas tentativas.

Lima Barreto

Filho de pais pobres, Lima Barreto utilizou a experiência como jornalista e escritor para trabalhar personagens das periferias e transmitir críticas sociais em romances e sátiras. Boa parte das obras são focadas em personagens do subúrbio, como Joaquim e a própria Clara, em Clara dos Anjos. Um dos livros mais conhecidos e aclamados é o Triste fim de Policarpo Quaresma.

A Consciência trabalhada na sala de aula

O Dia da Consciência Negra nasceu da necessidade de relembrar a história e a luta dos negros pelos direitos humano, no Brasil. É comemorado em 20 de novembro por ser essa a data da morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes de quilombo e combatente pelo fim da escravatura.

Clique aqui e acesse as aulas sobre o tema

Não há dúvidas de que esse é um rico tema que precisa ser trabalhado na sala de aula. Por isso, a EFAP – Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores preparou um material para auxiliar os docentes nessa tarefa. São vídeos apresentados pela Rede do Saber que formam a série “A educação no mês da Consciência Negra”, com assuntos pertinentes, debatidos por especialistas na área.