Nesta terça-feira (14), o Secretário da Educação José Renato Nalini reuniu-se com o diretor do Centro de Estudos e Pesquisa de Língua e Cultura Árabe da USP, Dr. Paulo Farah, para traçar o plano de realização do VIII Seminário Internacional sobre Migrações, Refúgios e Deslocamentos. O evento vai acontecer nos dias 30, 31 de março e 1 de abril, no Teatro Fernando Azevedo.
– Para participar do seminário, preencha o formulário de incrição em inglês ou português
O Seminário vai reunir estudiosos para discutir os conceitos de deslocamento, migração e refúgio e seus benefícios e contará com a participação de representantes da ONU, UNESCO, Itamaraty, Liga dos Estados Árabes (LEA), Ministérios Públicos Federal e Estadual, Secretaria de Direitos Humanos. Os refugiados também serão recebidos para debater sobre o tema.
Programação
Durante o VIII Seminário Internacional de Língua e Cultura Árabe da USP, os participantes terão à disposição painéis e sessões com os seguintes temas: Refugiados, educação, aprendizagem de línguas nativas e aspectos linguísticos; Refugiados e sociedade civil; Refugiados, generalizações e discriminação; Refugiados e aspectos legais: como a Justiça está se mobilizando para garantir os direitos deles; Refugiados, aspectos culturais e produção artística (tais como, mas não apenas, poesia e música); Refugiados e democratização do acesso a serviços públicos; Refugiados e aspectos psicológicos: do deslocamento à integração e inserção; Refugiados e política externa: compartilhando experiências diferentes na América do Sul, Oriente Médio e África.
O seminário prevê dois resultados distintos: um livro e discussões para formar um consórcio de instituições e fundações que patrocinem uma plataforma de pesquisa sobre “Migrações, Refúgios e Deslocamentos”, que deve reunir estudiosos e instituições de diferentes regiões.
Ações da Secretaria apoiam temática
A Secretaria da Educação de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB), compõe o Comitê Estadual para Refugiados (CER) da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. Portanto, o Núcleo de Inclusão Educacional (NINC) do Centro de Atendimento Especializado (CAESP) inclui em seus planos de ação e acompanhamento a temática da migração e refúgio.
Constantemente, o órgão apoia uma série de ações juntos às Diretorias de Ensino, já realizou interlocuções entre as demandas do CER e a SEE/SP, e promoveu videoconferências sobre o atendimento ao aluno imigrante nas escolas de São Paulo, a Consciência Negra e não-violência, com questões que abordam o cotidiano das mulheres imigrantes africanas na cidade de São Paulo.
Atualmente, a Educação está participando da construção do Plano Estadual de Migração e Refúgio do Estado de São Paulo no CER e propondo, para 2017, a construção de um documento orientador sobre acolhimento do imigrantes com orientação pedagógica.
Brasil, um país acolhedor
Os refugiados representam, atualmente, um dos temas mais expressivos, tanto no contexto internacional quanto no nacional. Todos os dias há notícias sobre o grande fluxo de pessoas que procuram uma alternativa para situações de perseguição e violência. Sobre a questão, o Brasil tem desempenhado um importante papel na proteção de refugiados e é considerado um país afável, apesar da falta de infraestrutura adequada.
Desde 2010 a população de refugiados no Brasil vem crescendo significativamente. Esse aumento pode ser explicado, entre outros motivos, pela postura solidária do país, mas também pela dificuldade de obter permissão para viajar a outros países.
Dezenas de nacionalidades estão atualmente representadas no Brasil. Desde julho de 2014, os sírios tornaram-se os principais refugiados que vivem por aqui, seguidos por congoleses e nigerianos, entre outros.
Atualizada em 20/02/2017 às 12h26.
