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segunda-feira, 21/09/2015
Pais e Alunos

No interior, escola recebe visita e oficinas de colagem de artista plástico

Ação durou uma semana e contou com a participação de 700 alunos a E.E. Desolina Betti Gregorin

Há aproximadamente três anos, a professora de Arte, Paula Ronchi, da E.E. Desolina Betti Gregorin, localizada no município de Irapuã, interior de São Paulo, participou de um curso que mudaria a vida dos alunos da unidade escolar. Na aula, a educadora foi apresentada ao trabalho de Silvio Alvarez, artista plástico dedicado à arte da colagem, procedimento técnico que utiliza diversas matérias com variação de textura, seja uma sobre as outras ou lado a lado.

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Pois bem, com o objetivo de fazer com que os estudantes tivessem um olhar diferenciado para a arte, a educadora passou a aplicar a técnica em sala de aula, aliando o conteúdo do artista ao que o Currículo Oficial do Estado propõe para a disciplina.

A ação, que teve sucesso imediato com os alunos produzindo quadros artísticos, começou a ganhar um novo rumo há um ano atrás, quando a educadora resolveu fotografar o trabalho dos estudantes e enviar, via rede social, para o artista que a inspirou. “Procurei o Silvio no Facebook, mostrei as fotos e ele gostou muito. Nesse meio tempo perguntei se não haveria a possibilidade dele ministrar uma oficina de colagem aqui na escola. Conversamos e tudo deu certo”, revela Paula.

Nesta semana, o trabalho foi recompensado com a visita do Silvo na escola para ministrar oficinas de colagem durante uma semana aos estudantes de todas as idades. Em três períodos, professora e artista dividiram-se para atender aos cerca de 700 alunos da unidade escolar, sempre aliando arte e conscientização ambiental. “Eu aprendi nessa semana que a arte não precisa ser uma coisa séria, ela pode ser divertida”, conta a aluna Marina Casemiro Silva.

Para o estudante Wellyton Pereira Donato de Souza, as oficinas foram inspiradoras. “Tudo foi muito interativo e isso me marcou muito. Eu vi que a arte não é só aquilo que você expõe com pincel, lápis de cor, entre outras coisas, tem que vir de dentro da alma. Como eu já faço balé, aprender uma outra forma de arte foi totalmente inspirador”, afirma.

O projeto chegou ao seu fim na última sexta-feira (18), com uma palestra do artista para os alunos e comunidade. “De 2006 até hoje, eu já dei oficina mais de 20 mil pessoas de todas as idades. Aqui na escola, tudo começou com um convite da professora Paula, que já trabalhava com minha técnica. Quando cheguei aqui todos abraçaram o projeto, os funcionários se revezaram para acompanhar as oficinas e isso fez com que tudo fosse encantador, fascinante”.

“Nas oficinas, eu tanto passar aos alunos de forma lúdica a importância que a arte pode ter na vida deles, pois quando fazemos arte, passamos a ter criatividade, sensibilidade. É como plantar uma semente na criança, no adolescente para que eles enxerguem a beleza do mundo”, revela Silvio.