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terça-feira, 12/05/2015
Boas Práticas

Estudantes encontram no grafite uma nova forma de conscientização social

Projeto é realizado em parceria com a Fundação Gol de Letra

Muito mais que habilidade artística manual, o grafite é uma verdadeira ferramenta de transformação e conscientização social. É assim que educadores e alunos da E. E. Alberto Cardoso de Melo Neto, zona norte de São Paulo, enxergam a oficina de grafite ministrada na unidade há 4 anos – hoje realizada por meio de uma parceria com a Fundação Gol de Letra. “A princípio, nosso objetivo era diminuir a pichação na escola. Tínhamos uma quantidade enorme de material que era gasto para pintar os muros”, lembra a coordenadora Thelma Mendonça Costa. “Agora, vemos que também é uma oportunidade de tirar esse aluno da rua, da marginalidade e das drogas. A partir do momento que ele está aqui dentro, ele tem outro foco”, comemora.

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Uma vez por semana, cerca de 20 jovens do Ensino Médio da E.E. Alberto Cardoso de Melo Neto se reúne para aprender as técnicas e a história do grafite. E mais: a importância do trabalho em equipe, do respeito ao próximo e do poder de mudança adquirido através da arte. “O grafite tem justamente a missão de promover a cultura de paz”, afirma o educador social da Fundação Gol de Letra, “Dingos” del Barco. “Ele ainda dá a condição desse aluno trabalhar a autonomia e compartilhar, não só o material, mas as experiências. Eu acredito muito nisso”, conclui o educador.

A estratégia de ensinar o ofício sem deixar de lado a questão social tem surtido bons resultados. O aluno do Ensino Médio, Vanderlei Cardoso Junior, está na oficina desde o início do projeto e já sente uma mudança de comportamento. “Quando você está no grafite, é possível ver que o mundo não é do jeito que você vê”, explica. “Tem muito preconceito e no grafite é possível quebrar tudo isso. Você passa a enxergar o mundo sem maquiagem”.