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segunda-feira, 25/08/2003
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Governador e Secretário mobilizam mais de 6 milhões de alunos com o lançamento oficial do Escola da Família

O Governador Geraldo Alckmin e o Secretário Estadual de Educação, Gabriel Chalita,  abriram oficialmente neste domingo, 23 de agosto, o Programa  Escola da Família, que abre as portas das 6 […]

O Governador Geraldo Alckmin e o Secretário Estadual de Educação, Gabriel Chalita,  abriram oficialmente neste domingo, 23 de agosto, o Programa  Escola da Família, que abre as portas das 6 mil escolas estaduais do Estado de São Paulo nos fins de semana – iniciativa da Secretaria de Estado da Educação em colaboração com a Unesco e apoio do Instituto Ayrton Senna. O objetivo é unir ações de cultura, lazer e recreação  com a vivência pedagógica, para transformar a vida de milhões de pessoas, a partir dos educadores, voluntários, estudantes-bolsistas e suas comunidades.

Na EE Professor Luiz Gonzaga Pinto Silva, zona sul da capital, a abertura do projeto contou com a participação de aproximadamente mil pessoas. Entre as atividades preparadas pela equipe do Escola da Família, ocorreram oficinas de bordado, reciclagem, pintura, jogos, capoeira, dança, futebol e a assinatura do livro de ouro pelo Governador e pelo Secretário.]

Durante o evento, o Governador Alckmin falou da importância do papel da escola atual,  como um local de compromisso com o ensino e também  com a formação do cidadão.  “O processo de formação da cidadania também se dará no fim de semana, com a ajuda de todos nós”, comentou. O governador declarou ainda que este é o maior programa social do mundo, onde se abrirão todas as 6 mil escolas, envolvendo diretamente 6 milhões de alunos.No contexto da política de abertura das unidades de ensino nos fins de semana, o Secretário Gabriel Chalita disse que chegou a hora de as escolas públicas se transformarem em espaços para a difusão de respeito e educação por parte de cada cidadão e cada comunidade.

O Secretário mostrou satisfação com o fato de a taxa de evasão do Ensino Médio na escola visitada ser de apenas 0,6%, justamente em função do envolvimento real da comunidade. “Acho que agora estamos próximos de chegar no nosso principal objetivo: tornar nossas escolas verdadeiros Centros de Luz”, enfatizou.

“As pessoas podem usar seu talento para construir uma escola com mais qualidade. Cada unidade escolar pode observar suas necessidades e buscar parcerias. A experiência que já tivemos com a abertura das escolas nos fins de semana mostra que esta  é uma condição para melhorar as questões ligadas à  violência. Nenhum jovem é mau, ele é vulnerável. O esporte e a arte levam o jovem a produzir, trabalhar em equipe e ser mais solidário”,  avaliou o Secretário.

A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, declarou que a mais importante de todas as corridas é a corrida da vida. “É  preciso uma boa equipe nos ‘boxes’, que prepare as pessoas para a  ‘largada’. O nosso objetivo, portanto, é preparar estes cidadãos para que possam pilotar a vida e ser campeões. Programas como esse visam afinar equipes para ajudar os jovens que vivem em situação difícil”, finalizou

A Escola Luiz Gonzaga Pinto e Silva, no Jardim São Luís, já abria as portas há cerca de três anos nos fins de semana. “O Programa veio somar esforços. Agora, com o incentivo do Governo vamos ter a possibilidade de fazer ainda mais. Eu não achava que tinha vocação para ser diretora. Hoje faço com muito amor meu trabalho e quero construir algo para esses jovens com um trabalho em conjunto com a comunidade, alunos e professores”, afirmou a diretora da escola, professora Maria Beatriz de Lana e Castro.

Um programa que ensina a ser um cidadão do mundo

Para Robson Takao Almeida, 25 anos, estudante do 1.º ano de Educação Física da UNISA,  o mais importante é ter a oportunidade de adquirir experiência em sua futura profissão, além de poder passar conhecimento e até aprender com as crianças e jovens, tirando-os da rua. “Estudei aqui no Ensino Fundamental e Médio mas no meu tempo a gente não tinha tanta vontade de ficar na escola. Agora a situação é completamente diferente, os alunos consideram a escola como a segunda casa deles”.

Ligado agora ao Escola da Família, Fabrício Fonteneli da Cruz, de 19 anos, já estudou na Luiz Gonzaga pinto e Silva e vinha sendo voluntário há mais de 2 anos, mesmo sem estar ligado a nenhum projeto. Ele ensina Capoeira e em todo esse tempo viu a mudança nítida de atitudes das crianças e jovens depois de um certo tempo de convivência. “A maioria se espelha em nós e, com essa responsabilidade,  fico contente em poder ser um exemplo de cidadania para eles” .

A professora Rita de Cássia Oliveira de Castro, que dá aula de Matemática na escola há três anos, disse que o Programa tem a finalidade de oferecer aos alunos atividades esportivas e culturais, além de oficinas profissionalizantes. “As pessoas da periferia precisam disso. Aqui não tem clube nem opções de cursos e o ponto principal é a integração com a comunidade e a solidariedade entre os jovens, valorizando o que cada um sabe fazer”, concluiu a professora.

Paola Martins e Luciane Salles