• Siga-nos em nossas redes sociais:
sexta-feira, 23/01/2015
Boas Práticas

Jovem com deficiência visual é medalhista da rede nas Paralimpíadas Escolares

Na edição de 2014, 22 alunos da rede estadual participaram da competição

“Antes de você vencer o outro, você precisa vencer a você mesmo. Precisa dar o máximo para vencer o seu próprio limite, fazer mais do que pensou ser capaz”, afirma Eliseu de Oliveira. Orgulhoso, o estudante do Ensino Médio da E.E. Therezinha Sartori, localizada em Mauá, fez bonito nas Paralimpíadas Escolares 2014, sediadas em São Paulo, entre os dias 24 e 27 de novembro.

Siga a Secretaria da Educação no Twitter e no Facebook

Ao lado do atleta-guia Rodrigo Caetano da Silva, que o acompanha há mais de um ano, quando o estudante começou a treinar, o jovem com deficiência visual conquistou a medalha de ouro na prova dos 400 metros na pista de corrida do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Ocupando a raia de número oito, o estudante superou os próprios limites para vencer os adversários. “Essa medalha representa o fruto de meu trabalho junto com o Rodrigo, pois tudo o que fizemos durante o ano inteiro foi, simplesmente, para chegar aqui, e disputar essa prova e essa competição”, conta.

“Quando saiu a convocação para a competição, começamos a fazer um trabalho especial para as provas que ele iria competir. Graças a Deus, tudo deu certo e fomos glorificados com a medalha de ouro”, revela Rodrigo, também orgulhoso pelo resultado. “O objetivo foi alcançado”.

Feliz com o próprio desempenho, Eliseu não escondeu a emoção ao falar do parceiro de equipe.“O guia são meus olhos. É uma peça muito importante. Sem ele, não teria como correr”, conta.

Organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a competição seleciona jovens com idade entre 14 e 20 anos para integrar a seleção brasileira nos próximos Jogos Paralímpicos em 2016. Na edição de 2014, um time de 83 jovens representaram a delegação do Estado de São Paulo na competição, sendo 22 estudantes de escolas estaduais. Os alunos disputaram as melhores colocações nas modalidades de atletismo, bocha, goalball, judô, natação e tênis de mesa com paratletas de todo o Brasil.

“Sou diferente”, diz atleta

A edição 2014 das Paralimpíadas Escolares também foi marcante para Jéssica Gabriele Soares Giacomelli. Este foi o segundo ano que a aluna da E.E. Professora Maria de Lourdes Barreiros Carvalho deixou a cidade de Itapetininga, no interior do Estado, para competir.

A estudante tem mielomeningocele, deficiência genética que afeta a espinha dorsal, mas não a impediu de praticar sua paixão: o paratletismo. Ela treina todos os dias para atingir cem por cento de aproveitamento nas corridas com cadeira de 100 e 400 metros, e arremesso de dardo. “Às vezes, entro em crise por ser diferente. Mas na hora que estou ganhando a medalha, falo: ‘Eu sou diferente e isso não é um problema. Eu estou ali fazendo o meu trabalho. Eu sou diferente”, diz.