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sexta-feira, 29/11/2002
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Pais, alunos e educadores discutem parceria família/escola

A parceria família/escola na busca da autonomia dos alunos foi o tema abordado pela professora e psicóloga Rosely Sayão nesta quinta-feira para 350 pais, alunos e educadores das 89 Diretorias […]

A parceria família/escola na busca da autonomia dos alunos foi o tema abordado pela professora e psicóloga Rosely Sayão nesta quinta-feira para 350 pais, alunos e educadores das 89 Diretorias de Ensino da rede estadual, dentro da Semana de Estudos “A Escola dos Nossos Sonhos”, promovida pela Secretaria de Estado da Educação.

Durante a palestra, Sayão defende a construção de uma nova parceria em prol de uma educação para a autonomia e para a cidadania. Ela ressalta que nessa busca, escola e família têm confundido os seus papéis e é comum uma das partes interferir na atuação da outra e cobrar responsabilidades. A psicóloga lembra que essa situação acarreta uma “rivalidade” que pode emperrar o processo educativo dos filhos.

Sayão afirma que é possível a escola fazer uma parceria com a família que seja benéfica, em que o aluno assuma suas responsabilidades e atinja a sua autonomia. No entanto, frisa que não há uma fórmula: “Cada escola está inserida numa comunidade muito própria e tem vários elementos para serem trabalhados”.

A professora sugere que uma das atitudes a serem tomadas é delimitar o papel de cada um. “O professor é um educador escolar e sua atuação deve ser no âmbito da escola. A família tem como responsabilidade formar o ser humano, passar regras de convivência, moral, virtudes etc.”.

Rosely lembra ainda que toda parceria supõe diálogo e conflito e que é fundamental para a humanidade trabalhar o conflito. Para que haja parceria é preciso respeito mútuo. Os pais precisam confiar e respeitar a escola; acreditar que os educadores têm competência para executar sua tarefa e estimular seus filhos a se envolverem no projeto da unidade escolar. A escola, por sua vez, precisa ouvir mais os seus alunos e aprender a conviver de forma mais democrática. Além disso, ela tem que ser mais humilde no trato com as famílias e assumir o seu papel de ensinar os alunos a pensar, a aprender e saber a conviver com respeito à coletividade. Sayão finaliza a palestra frisando que a relação dos nossos sonhos dentro da escola dos nossos sonhos é feita com base num relacionamento maduro, comprometido e requer responsabilidade das partes envolvidas. “Vamos assumir nossa maturidade e ousar na busca de soluções”, conclui.

Oficina com pais e alunos

Após a apresentação da Profa. Rosely Sayão foi desenvolvida a oficina “Também sou agente na construção da escola que sonhamos”. Os pais e alunos presentes foram divididos em seis grupos de 30 participantes cada para traçar os elementos da escola do sonho de cada grupo. Os participantes foram orientados pelos monitores a realizarem uma “viagem” rumo a essa escola e depois discutir o que viram.

Em seguida, as propostas foram apresentadas em plenária. O consenso foi que a escola dos nossos sonhos é fruto de uma integração harmoniosa com a comunidade, onde há incentivo aos Conselhos de Escola e Grêmios. Nessa escola, professores e alunos dialogam e se respeitam. Enfim, um ambiente democrático no qual haja espaço para a dança, para a música e para toda forma de expressão e arte.