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terça-feira, 09/09/2003
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Programa de Alfabetização e Inclusão é sucesso em Santo André

Lançado em maio deste ano pela Secretaria da Educação, o Programa de Alfabetização e Inclusão (PAI) funciona em sistema de parceria com 111 universidades cadastradas em todo o Estado. Em […]

Lançado em maio deste ano pela Secretaria da Educação, o Programa de Alfabetização e Inclusão (PAI) funciona em sistema de parceria com 111 universidades cadastradas em todo o Estado. Em menos de seis meses de vida, o programa já tem muitas histórias emocionantes para contar.

No Instituto de Ensino Superior de Santo André (IESA), por exemplo, os seus 28 alunos, na maioria com mais de 50 anos de idade, contam empolgados as  histórias de vida e de vontade de aprender. O aluno Antonio Martins da Silva, de 62 anos, está aposentado, mas acredita que nunca é tarde para começar. “Estou muito empolgado com as aulas, procuro não faltar nenhum dia.” Já Josefa Pereira da Silva, 40 anos, trabalha o dia inteiro e cuida da casa, mas mesmo assim não desanima: “Agora quero ir até o fim”, comenta.

Segundo professora Huguett Faria, assistente de projetos pedagógicos da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria Estadual de Educação, o PAI funciona atualmente com 104 classes disponibilizadas para este fim nas universidades. “Ao todo, o programa tem em média cerca de dois professores para cada 15 alunos e hoje temos quase 2 mil alunos e 250 professores cadastrados no programa”, comenta.

O objetivo é atingir em quatro anos 700 mil alfabetizandos, ou seja, 50% dos 1,7 milhão analfabetos adultos existentes em todo o Estado de São Paulo, segundo fontes do IBGE. O projeto iniciou sua trajetória com a parceria do SEMESP (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo) e a cada dia aumenta o número de faculdades e universidades interessadas em participar.

O programa é comandado por monitores e professores coordenadores, que utilizam o espaço físico e a infra-estrutura das faculdades, além de Kits didáticos e escolares. “Os professores são os próprios alunos de pedagogia que cumprem as horas trabalhadas em sala de aula para o estágio”, lembra a professora Huguett. O investimento até o momento está na faixa de R$ 300 a 400 mil, destinados à compra de cerca de 2 mil kits didáticos para os professores e 20 mil kits escolares para os alunos.

Quem tiver interesse em participar das aulas do PAI já pode se considerar inscrito, basta procurar a Secretaria Estadual da Educação no telefone 08007700012 ou a Diretoria de Ensino mais próxima, que fornecerá todas as coordenadas para a efetivação da matrícula.

Paola Martins