Especialistas que passaram pelo evento na manhã de hoje (9) defendem que a família se interesse pela vida escolar das crianças
Os quatro especialistas que passaram pelo Palco Redes Sociais na manhã de hoje (9), na Campus Party, estavam pautados para falar sobre as mudanças na educação com a chegada da internet e das redes sociais. No entanto, o assunto que permeou a discussão entre eles foi a importância da participação da família na vida escolar dos filhos.
Ao buscar alternativas para que as novas tecnologias fossem usadas em sala para atrair a criançada, os especialistas colocaram em cheque a importância da sociedade para que as mudanças aconteçam. “A educação é papel de todos, não só da escola”, declara Mila Gonçalves, gerente de educação da Fundação Telefônica Vivo. “A sociedade inteira tem que estar imbuída desta responsabilidade de educar e os pais também devem sugerir e participar das melhorias da escola”, comenta.
A afirmação teve o apoio da jornalista Samantha Shiraishi, que defende que as famílias precisam interagir mais com seus filhos. “O fato de a criança estar na escola não impede que os pais também ensinem e o ajudem a aprender”, argumenta.
Interação
Na opinião dos debatedores, a criança também precisa se sentir estimulada para estudar. Com base no cotidiano observado pelos especialistas, as atividades usando a internet surgem como uma opção para incentivar os pequenos a se dedicarem aos estudos.
“Meu filho não é um aluno tão aplicado, mas dedicou-se nas férias a conhecer os países no Google Earth”, conta Priscila Gonsales, fundadora do Instituto Educadigital. Segundo Priscila, é preciso prestar atenção ao que motiva os alunos e trazer essas atividades para sala de aula. “Os educadores têm que contar com uma variedade grande de ferramentas. Temos que pensar em usar outros ambientes, como o pátio, e mostrar aos alunos que aprender é muito bom”, sugere.
O diretor da EDUCARTIS do Brasil, Mauricio Curi, defende que a própria Campus Party poderia ser um exemplo de como espaços diferentes e tecnologia podem ser utilizados para a educação. “A gente aprende na interação com o outro”, diz.
A roda de debates, que foi mediada pelo designer Luiz Algarra, termina com um convite, feito pela jornalista Samantha Shiraishi. “Quem tiver filhos, sobrinhos ou crianças em casa, faça esse exercício: Chegue em casa e interaja com ele”, aconselha. “E se você não estiver satisfeito com o que está sendo feito na escola, seja um agente de mudança, vá até lá e faça sugestões”, conclui.
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