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quarta-feira, 03/04/2019
A Escola Que Queremos

5 coisas que você precisa saber sobre o modelo municipal de Ensino Superior

Conheça as principais características e vantagens das universidades municipais

De forma geral, quem sai do Ensino Médio tem duas opções de graduação: em uma universidade pública, geralmente federal ou estadual, ou uma instituição privada. No entanto, um modelo intermediário vem se consolidando: as universidades municipais.

As instituições municipais de Ensino Superior são autarquias e fundações e seguem as mesmas normas impostas às universidades públicas. Contratam professores por concurso, fazer vestibular e se submetem às mesmas regras de avaliação ao Ministério da Educação. A diferença mora na forma que arrecadam recursos: por iniciativa própria, por meio da cobrança de mensalidades.

“Somos muito transparentes com o preço das mensalidades, com o processo seletivo e com o que propomos nos cursos. Queremos mostrar que somos o parceiro perfeito para investimentos na educação”, defende Francisco Arten, reitor da UNIFAE. Na última sexta (29), o Secretário da Educação Rossieli Soares se reuniu com representantes desse modelo para debater melhorias e processos.

Como são pouco conhecidas, as universidades municipais possuem uma série de peculiaridades e possibilidades que outras não tem.

É muito popular em cidades do interior
O modelo municipal de Ensino Superior nasceu da necessidade de levar o estudo para regiões mais afastadas de grandes centros, mas que precisavam de profissionais qualificados para atender a demanda local. “Surgimos há 50 anos com um espírito bem empreendedor e a missão de levar oportunidades à regiões desatendidas”, cita Nara Fortes, reitora da UNITAU de Taubaté. O modelo é mais popular em cidades do interior de São Paulo, como Assis ou São João da Boa Vista, e no ABC Paulista. “Hoje, nossas instituições continuam com o mesmo espírito”, complementa.

As mensalidades são mais em conta
Mesmo obedecendo as mesmas regras de instituições do Estado e sendo considerado uma universidade pública, o modelo municipal se sustenta com recursos próprios. Pelo fato de ser uma autarquia, essas universidades não visam o lucro, reinvestindo o capital na própria universidade e tornando a mensalidade mais barata e competitiva frente a universidades particulares. “Esse modelo híbrido de administração faz com que cada aluno municipal custe menos de 10% do que outros modelos”, explica José Alfredo Guerra, diretor da Uni-Facet

Tem cursos tradicionais como Medicina e Engenharia
O fato de ser uma universidade municipal não impede que as universidades não contem com cursos valorizados pela sociedade civil. A UNIFAE, de São João da Boa Vista, tem mais de 30 opções de cursos. No ABC, a maior parte das universidades municipais são especializadas, como é o caso da Direito São Bernardo e da Universidade de Medicina do ABC.

É muito popular no Canadá e nos Estados Unidos
O modelo híbrido de administração ainda é pouco popular no Brasil, mas em outros países é muito presente. Diversas universidades de prestígio nos Estados Unidos e na Europa cobram mensalidades e reinvestem todo o capital. São as chamadas universidades comunitárias, presentes até na China.

É muito ligada a competições e atividades da comunidade
Como é direcionada à demanda de cada município ou região, muitos dos alunos já se conhecem, o que favorece atividades extra-curriculares, eventos para a comunidade e até a formação de times esportivos e bolsas. “As universidades municipais têm programas próprios de bolsa para facilitar e abrir portas para alunos. Só o município de São João da Boa Vista declarou 7 milhões em bolsas de estudo”, cita Vanderlei Carvalho, Prefeito de São João da Boa Vista