A definição das escolas da rede estadual de ensino que passarão pelo processo de reorganização foi baseada em estudos realizados por cada Diretoria de Ensino (DEs). A partir de 2016, um novo modelo escolar que amplia o número de escolas com um único ciclo será adotado pela Educação.
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Para chegar ao novo cenário, a Educação ouviu dirigentes e educadores que atuam em cada região e, assim, traçou o projeto final. O declínio da população em idade escolar (hoje são quase 2 milhões a menos em relação a 1998) e as vantagens pedagógicas de unidades de um segmento foram os principais critérios utilizados para a validação da reorganização.
A dirigente de ensino da região Norte 1, Lucia Regina Mendes Espagolla, destaca que o diálogo norteou o estudo em sua região. “Consultamos toda a comunidade escolar, ouvimos professores, pais e a equipe gestora. Nós tínhamos uma proposta inicial de reorganização e consultamos a comunidade para nos apresentar propostas e evidências. Depois disso, conseguimos chegar na proposta final com o aval de todos”, conta.
Segundo ela, houve também um estudo minucioso e criterioso em todas as escolas da região. “Temos 103 escolas públicas, sendo 37 de Anos Iniciais com Idesp 4.60, 30 unidades com os dois segmentos (Ensino Fundamental e Ensino Médio), 13 escolas exclusivas de Ensino Médio, sete escolas com os Anos Finais do Ensino Fundamental, oito escolas com três segmentos, além de quatro escolas de Ensino Integral“, explica.
Outros critérios foram adotados como a demanda da região, por exemplo. “São as escolas que apresentam 300 alunos e têm capacidade para atender até 1000, ou seja, existem muitas salas ociosas”, explica Lucia Espagolla.
“Além disso, precisamos atender também a proximidade que essas escolas têm de 1,5km. E na nossa regional foi muito fácil, porque as nossas escolas são praticamente muro com muro”, completa.
A partir de 2016, serão 754 unidades a mais deste modelo de ciclo único. O ganho pedagógico é o principal orientador da proposta. No Ensino Médio, por exemplo, os alunos que estudam nas escolas de ciclo único têm desempenho 28% superior.
“Outro critério que nós observamos foi o viés pedagógico. São as escolas que chamamos de variação pedagógica negativa e que de 2009 a 2014 apresentaram índices de alunos com níveis abaixo do básico muito grande. Então essas escolas também num primeiro momento foram selecionadas para o estudo da reorganização”, conclui Lucia Espagolla.