Os 230 estudantes de Ensino Médio da Escola Estadual Professor Mauro de Oliveira, na zona oeste da capital, estão envolvidos durante todo o mês com o projeto Agosto Indígena. Nesta sexta-feira (25), das 8h às 16h, toda a escola será mobilizada para as apresentações dos resultados dos estudos sobre os povos indígenas em um grande evento com exibição de documentário sobre a vivência na Tekoa Itakupe (comunidade indígena do Jaraguá), intervenção com poemas, manifesto, campanha sobre o marco temporal, labirinto sensorial e palestras com representante indígena, escritora e professoras especialistas. Os alunos ainda elaboraram estandes expositivos sobre culinária, literatura, contos indígenas e músicas.
Para as palestras, os estudantes convidaram a professora de filosofia e indígena, Rita de Cássia (Ara Mirim), para falar de políticas públicas para a população indígena, a editora e escritora Luana Vignon, que traz a temática do lugar do corpo nas narrativas indígenas, a professora de filosofia Giovana Ramos, que discute a questão indígena hoje e ontem e a professora especialista em currículo Jaciara Silva, que aborda o espaço e o conhecimento dos mundos indígenas.
Em razão da data dos povos indígenas (9 de agosto), este é o segundo ano a escola realiza o projeto de estudos de conteúdos envolvendo diversas disciplinas. Em história, os alunos da 2ª e 3ª séries fizeram uma pesquisa de campo na comunidade Tekoa Itakupe e criaram um vlog com visitas em museus com exposições indígenas, para contato direto com a cultura. Em biologia, os estudantes da 1ª série estudam os ciclos biogeoquímicos com ênfase na região amazônica, onde há predominância de povos indígenas.
Já nas aulas de filosofia, 1ª e 2ª séries analisam dados referentes à ausência de representatividade indígena na política e discutem sobre os exercícios do Enem relacionados aos povos Yanomami. Em língua portuguesa, foi a vez da leitura de obras como “O Karaíba”, de Daniel Munduruku. Em sociologia, na 1ª série, as aulas foram sobre estereótipos e realidade das etnias indígenas e o caso do povo Xokleng. Divididos em grupos, os estudantes da 2ª série de geografia pesquisaram sobre diversas comunidades para entender sua cultura, língua, localização, religião, organização e problemas atuais.
