Paulo Marcio da Silva confecciona bijuterias finas e aplica a mesma criatividade e concentração utilizadas no trabalho para se dedicar aos estudos
Tudo começou aos nove anos de idade, quando o estudante Paulo Marcio Thiago de Souza da Silva decidiu presentear uma professora de quem gostava muito: confeccionou uma pulseira com linha e miçangas e descobriu, sem querer, um dom. Hoje, aos 14 anos, o aluno da Escola Estadual Romeu de Moraes, na Vila Ipojuca, região da Lapa, é designer de bijuterias finas, atividade que divide tranquilamente com os estudos. “Consigo fazer as duas coisas sem uma atrapalhar a outra”, diz Paulo.
A diretora da unidade de ensino, Rosângela Valim, concorda. Para ela, o aluno realiza um trabalho de qualidade e criatividade com dedicação, sem deixar de se preocupar com as aulas. “O Paulo se destaca pela perseverança. É talentoso no que faz, participa dos movimentos escolares, como o grêmio estudantil, e tem notas muito boas. Com tudo isso ainda é um menino humilde, prestativo e muito carismático”, elogia.
O estudante, que descobriu a atividade por acaso, conta que percebe a própria evolução com o passar dos anos e trabalha sem referências, usando a criatividade e técnicas muito pessoais para desenvolver suas peças. Ele já tem uma ‘clientela fiel’, como define, e acredita que consegue aplicar a concentração e o poder de criação que utiliza no trabalho artístico nos estudos. “Sou calmo e organizado, o que me ajuda muito. Não me considero o melhor aluno, mas também não sou o pior. Tento me dedicar e prestar atenção às aulas do mesmo modo quando produzo alguma peça”, comenta.
Paulo ainda não decidiu se quer seguir carreira de designer, mas não descarta a possibilidade. “É bom saber que tenho bastante tempo para decidir o futuro. Tenho certeza que vou continuar estudando e descobrir o que quero fazer depois, mas sei que de alguma maneira continuarei com as bijuterias, porque faço isso com muito prazer”, finaliza.
