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sexta-feira, 21/03/2014
Ensino Integral

Alunos apresentam projetos inovadores em feira de ciências e tecnologia da USP

Iniciativas foram desenvolvidas por estudantes das escolas do Novo Modelo de Tempo Integral

Durante essa semana, quatro equipes de “inventores” de escolas estaduais paulistas estão disputando a final da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), organizada pela USP. O evento, que teve início dia 18 e termina nesta sexta-feira (21), ocorre na capital paulista.

“A Febrace é uma grande feira, conhecida em todo Brasil, por isso é um sonho de qualquer aspirante a cientista apresentar seu projeto aqui. Está sendo uma experiência surpreendente”, afirma uma das alunas finalistas, Michele Veiga Chagas.

As invenções finalistas da rede estadual são uma pomada cicatrizante natural e um cosmético de caranguejo, da E.E. Jardim Riviera, de Santo André; uma bengala com GPS, da E.E. Ilza Irma Moeller Coppio, de São José dos Campos; e uma proteção sustentável contra o fogo, da E.E. Professora Suely Maria Cação Ambiel Batista, de Indaiatuba.

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Todos os projetos foram desenvolvidos durante o período de aulas e são de autoria de jovens cientistas entre 16 e 18 anos, estudantes das escolas do Novo Modelo de Ensino Integral.

O objetivo dos alunos finalistas é dar continuidade aos projetos mesmo após o fim da feira. “Ainda não patenteei a ideia, mas já consegui parceria com a Faculdade de Medicina do ABC, que auxiliou na produção da pomada, com a Unifesp, que começou a ajudar nos testes, e com o Instituto de Botânica, que identificou a espécie da planta que pesquiso”, conta a aluna do projeto sobre a pomada cicatrizante, Camila Agone.

Além da participação na final da feira da USP, os trabalhos dos alunos das escolas estaduais têm ganhado espaço nos congressos científicos do Brasil e do mundo. Em junho, por exemplo, o Brasil será representado pela equipe da E.E. Ilza Irma Moeller Coppio, de São José dos Campos, no Genius Olympiad, em Nova York.

Os estudantes são autores do projeto “Sinal Verde”, grande vencedor da Feira de Ciências das Escolas de Tempo Integral, e que prevê a implantação nos semáforos de um sistema sustentável de geração de energia, o que evitaria “panes” após dias de tempestades.

Está garantida ainda a participação dos alunos paulistas na Mostra Brasileira de Ciência e Tecnologia (Mostratec), no Rio Grande do Sul, e na Feira Nordestina de Ciências e Tecnologia (Fenecit), em Pernambuco, eventos marcados para o segundo semestre deste ano e que também terão as obras científicas 100% desenvolvidas nas escolas estaduais.

A produção científica faz parte do currículo e das disciplinas eletivas ministradas nas 182 escolas com o Novo Modelo de Tempo Integral existentes atualmente na rede estadual e que atendem 55 mil alunos.

Tecnologia

Neste ano, concorrem a prêmios projetos de estudantes de escolas públicas e privadas do ensino Fundamental, Médio e Técnico de todo o Brasil. Todos têm o desafio de propor trabalhos pioneiros na utilização de recursos de tecnologia e que ajudem as comunidades. Os projetos serão avaliados por uma comissão julgadora e, além de prêmios especiais, concorrem a uma das nove vagas destinadas ao Brasil na Feira Internacional de Ciências e engenharia da Intel (Intel ISEF), marcada para maio, em Los Angeles (EUA).