Com o objetivo de alcançar os alunos e ampliar a discussão sobre temas recorrentes no cotidiano dos adolescentes, o professor-mediador Audísio Batista Venâncio decidiu inovar. Um projeto envolvendo meio ambiente e roda de debates foi a aposta do educador, que leciona há dois anos na E.E. Reverendo Urbano de Oliveira Pinto, na zona leste de São Paulo.
Temas como o uso de drogas e álcool, gravidez precoce e problemas familiares são discutidos entre os alunos com idade entre 10 e 17 anos. Depois do debate, o professor estimula os estudantes a refletirem sobre o assunto fazendo a correlação com o meio ambiente.
“Com o ato de plantar é possível transferir para o aluno algo mais pacífico. Assim como a planta precisa de cuidados para crescer com saúde, nossa vida também precisa. Por isso, logo após o debate, fazemos um reflorestamento, sempre refletindo sobre as questões discutidas no debate”, afirma o professor-mediador.
A resposta dos alunos ao projeto foi positiva. Os estudantes sempre abordam o professor e questionam quando terão a oportunidade de debaterem e plantarem. “Gosto da atividade. Falamos sobre natureza, meio ambiente e coisas que acontecem no nosso dia-a-dia”, conta o aluno de 12 anos, Andrei Gomes da Silva.
O professor-mediador Audísio não está sozinho. Assim como ele, outros 2.828 docentes desempenham a função de professor-mediador escolar e comunitário em 2.430 escolas estaduais. Esses docentes são responsáveis pela coordenação de ações educacionais que visam ampliar os fatores de proteção e coibir eventuais fatores de vulnerabilidade e conflitos inerentes à comunidade escolar.
Sistema de Proteção Escolar
Criado em 2009 pela Secretaria da Educação, o Sistema de Proteção Escolar é um conjunto de ações que tem como objetivo promover ambientes pacíficos e democráticos nas escolas da rede pública e garantir a segurança dos alunos, suas famílias e dos servidores estaduais.