Nove estudantes irão concorrer às premiações da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, Criatividade e Inovação (Febrace)
Nove alunos de escolas estaduais de São Paulo estarão reunidos nos dias 10, 11 e 12 de março, das 14 às 19 horas, na Escola Politécnica da USP (Poli) para concorrerem às premiações da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, Criatividade e Inovação (Febrace), a maior feira do gênero no Brasil. Dia 13 os alunos finalistas receberão os prêmios no Memorial da América Latina, das 9 às 12 horas.
Mais de quatro mil pessoas devem participar da Febrace, que será realizada em uma tenda de dois mil metros quadrados montada ao lado da Poli. Promovida anualmente pelo Laboratório de Sistemas Integráveis e Núcleo do Departamento de Engenharia Elétrica da Poli, a feira também contará com o apoio da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp) e da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgãos da Secretaria de Estado da Educação.
O evento reunirá 198 trabalhos de alunos da 8a série do Ensino Fundamental e do Ensino Médio e Técnico de 20 Estados do País, selecionados entre 300 projetos inscritos nas áreas de Ciências Exatas e da Terra, Biológicas, da Saúde, Agrárias, Sociais e Humanas, Engenharia e suas aplicações.
Em São Paulo, participam 146 alunos de 84 escolas públicas estaduais, municipais e técnicas. A rede estadual de ensino apresentará quatro projetos finalistas, desenvolvidos por nove alunos. As escolas técnicas de São Paulo terão 23 projetos finalistas pertencentes a 53 alunos. Oito escolas técnicas possuem seus trabalhos na feira.
O objetivo é estimular novas vocações em Ciências e Engenharia, por meio do desenvolvimento de projetos criativos e inovadores, e aproximar as escolas públicas e privadas das universidades para que os alunos compreendam melhor o que representam termos como ensino, pesquisa, cultura e extensão.
A rede estadual de ensino e a Febrace
Na rede estadual de ensino, cada projeto tem de dois a três idealizadores. Para o trabalho de eletrônica ser finalizado, o aluno de Ensino Médio, Diego Moraes Silva, da EE Padre Sabóia de Medeiros – bairro Santo Amaro – teve total apoio de orientadores do Centro Cultural do bairro de Itaim e dos professores de Física e Matemática da escola. “O material de pesquisa utilizado na montagem do Robô Explorer veio das disciplinas de Matemática e Física que aprendi na escola. Montar o robô me proporcionou aprender na prática o conteúdo que tenho na escola. Além disso, foi o melhor caminho encontrado para criar mais familiaridade com as disciplinas”, comentou.
Outro projeto, que também irá concorrer à premiação na Febrace, é do aluno de ensino médio Fábio Lúcio Olivette Garcia, da EE Ascendino Reis – bairro do Tatuapé. O trabalho “Simulando” retrata no site da USP (www.labvirt.com.br) detalhes de fatos que acontecem na realidade. Baseado no tema “Eletricidade”, coordenado com o apoio dos professores de Matemática e Física da escola, o trabalho mostra de maneira simples os conceitos, fórmulas e histórias da eletricidade no dia-a-dia de uma família.
“O projeto mostra os gastos que uma família tem com eletricidade. Existe uma tabela que contém tempo de uso da eletricidade, sua relação com aparelhos eletrônicos, voltagens, valores e tarifas”, explica. Segundo Fábio, seria impossível desenvolver um projeto como este sem o apoio dos professores.
Os nove alunos da rede estadual que participarão da Febrace são: André Luiz da Silva (EE Oswaldo Aranha) e Carlos Alberto Alves de Lima Neto (EE Santo Américo), trabalho de Engenharia Eletrônica “Chessparov”; Alexandre da Gama Lima (EE Padre Sabóia de Medeiros) e Diego Moraes da Silva (EE Ministro Costa Manso), idealizadores do projeto de Ciências Exatas e da Computação “Robô Explorer”.
Os alunos Fábio Lúcio Olivette Garcia, Aline Simão do Amaral e Grazielle Ribeiro Vicente (EE Ascendino Reis) são as responsáveis pelo trabalho de Ciências Exatas e Física “Simulando”. O tema “Luzes Quânticas”, disciplina de Ciências Exatas e Física, pertence aos alunos Emilio Shuichi Maruya e Cristina Leika Horii (EE Vereador Odilon Batista Jordão).
A feira não tem fins lucrativos e a entrada é franca. Os prêmios para os melhores projetos são concedidos por empresas patrocinadoras, como Intel, IP e Cenpec. Dos 198 trabalhos classificados, cerca de 35 receberão viagens, assinaturas de revistas, medalhas e certificados e outros nove projetos premiados serão expostos na Intel ISEF (International Science Engineering Fair, em Cleveland, EUA).
No ano passado a FEBRAC contou com 93 finalistas, 83 alunos premiados e um total de 203 projetos inscritos. Posteriormente, alguns trabalhos foram expostos na feira Intel ISEF.
Paola Martins