“O trabalho do professor é pensar o que o aluno vai levar para vida”. É com esse pensamento que o professor de Geografia, Leandro Mariz, da escola Ismael Iglesias, localizada em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, executa diversas atividades e ações com os alunos que ultrapassam os muros da escola.
“Decidimos romper com as barreiras de nossa escola e levar a sala de aula para a prática, ou seja, para rua, para os lugares, eventos e tantos outros que pudessem fomentar o interesse de nosso aluno pelas aulas e sobretudo pela escola e pelos professores”, completa o docente.
Casa da Moeda do Brasil, no Rio de Janeiro; principais pontos turísticos da cidade de São Paulo, como Masp e Museu Catavento; e Brasília foram alguns dos pontos culturais e turísticos que os alunos tiveram a oportunidade de conhecer e estudar com o acompanhamento de professores da unidade de ensino.
Para João Vitor Maia de Abreu, da 2ª série do Ensino Médio, essas atividades fora da escola são transformadoras. “Isso mudou a minha vida, tive maturidade, conheci outros lugares que jamais pensei que iria conhecer, principalmente Brasília. Com esforço da escola, eu conseguir ir foi muito gratificante”, disse.
A iniciativa visa levar os conteúdos de Geografia, Arte, Ciências Naturais e Biologia, Educação Física e História aplicados em sala de aula para espaços culturais, museus, instituições e outras cidades, permitindo que os alunos tenham uma experiência de aprendizado inspiradora e inovadora.
O projeto “Uma Escola Fora da Escola: Sonhos Sem Fronteiras” também despertou em muitos alunos o desejo de aprender. “Eu não era uma aluna muito dedicada. Eu faltava bastante, eu não ia aos passeios. Até que um dia belo eu pensei que estava perdendo. Eu quero ser melhor e esse projeto me incentivou a ser melhor. Eu valorizo mais os meus estudos”, disse a aluna Ingrid de Oliveira, da 2ª série do Ensino Médio, de 17 anos.
Com a boa repercussão e interesse dos alunos pelas atividades fora da escola, que a professora de arte Waldirene Carvalho decidiu registrar a experiencia de todos os alunos em um livro. “Cada professor tinha que desenvolver um projeto na sua área. Pensei em um caderno cultural, mas era muito pouco. Queria algo que ficasse eternizado e pensei: vamos fazer um livro!”, explica.
A produção está a todo vapor. Os alunos estão elaborando os seus textos, trazendo as memorias à tona. O lançamento do livro está previsto para novembro deste ano.
