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quinta-feira, 27/02/2003
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Alunos de escolas estaduais participam de atividades no combate a Dengue

A Secretaria Estadual de Educação já iniciou o processo de combate à Dengue em parceria com todas as escolas estaduais de São Paulo. Integrantes da CENP- Coordenadoria de Estudos e […]

A Secretaria Estadual de Educação já iniciou o processo de combate à Dengue em parceria com todas as escolas estaduais de São Paulo. Integrantes da CENP- Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – órgão da Secretaria de Educação, participaram da 3º Reunião do Comitê de Mobilização Contra Dengue, no último 21 na Secretaria de Estado da Saúde.

Em pauta, foram discutidos o agravamento da situação epidemiológica de dengue na região metropolitana da grande São Paulo em 2003 e a implementação de atividades do Comitê – atividades de verão nos bairros, escolas e feriado de carnaval.

Entre as atividades explanadas como sugestão para o combate do mosquito estão o Guia Básico de Dengue, o programa Agente Mirim e o Caderno Básico de Atividades sobre a Dengue. O Último já está sendo usado como instrumento de trabalho por professores, dentro e fora da escola, com o objetivo de sugerir algumas atividades interdisciplinares, buscando a interação dos estudantes com a problemática e multiplicando as práticas apreendidas aos familiares e vizinhos.

A Dengue é um dos mais graves problemas de saúde pública da atualidade enfrentado por diversos países. Somente com a participação efetiva da população e medidas adotados no dia a dia de controle dos criadouros, é possível diminuir o agravamento da situação.

No Caderno de Atividades do Professor estão evolvidas as estratégicas de elaboração de textos coletivos; pesquisa e leitura de textos informativos; palestras, dengue no laboratório, elaboração de panfletos, gibis, álbum, jogos, festival de música e paródias; peça teatral; visita à comunidade; reunião com a comunidade; atividades interdisciplinares –gráficos, cruzadas, caça-palavras, mapas, maquetes etc-; gincana contra a dengue; criação de logotipo; passeata local com a comunidade e concurso de cartazes.

O Corpo docente, pais, funcionários de direção e palestrantes da área da saúde estão envolvidos no controle do mosquito em parceria com os municípios onde ficam localizadas as escolas.

O Guia Básico de Dengue objetiva subsidiar os funcionários das ecolas, principalmente aqueles envolvidos em serviços de manutenção e zeladoria de áreas internas e externas de prédios, na incorporação de ações que possam evitar o desenvolvimento do mosquito Aedes Aegypti. Este guia se presta não somente como esclarecimento ao funcionário, mas também à população em geral.

O guia é um “caderninho” que contém introdução e noções gerais sobre o problema : o que é Dengue, como se dá a transmissão, quais os sintomas, qual é o tratamento, o que deve ser feito para evitar a proliferação, entre outros. É dividido em duas partes com informações técnicas e atividades que podem ser desenvolvidas.

O Agente Mirim é outra sugestão que pode ser adaptada nas escolas. Através do trabalho de alunos, que são selecionados pela própria diretoria e professores, é possível identificar criadoras e eliminá-los, comunicar a existência de grandes criadouros e solicitar providências à direção da escola, propor atividades, orientar seus colegas sobre a questão da prevenção e transmitir a orientação recebida aos familiares, amigos e vizinhos. O aluno representante sempre está com uma camiseta ou crachá e identifica-se como Agente Mirim da Dengue.

As escolas que ficam em cidades onde o foco da Dengue já começou a se instalar estão desenvolvendo atividades competentes para combater o mosquito. A Diretoria de Ensino que cuida das regiões de Itapevi, Jandira e Barueri, em parceria com a Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, tem desenvolvido várias reuniões municipais com a presença de Diretores de Escolas, Supervisores e Assistentes Técnicos Pedagógicos, juntamente com a Vigilância Sanitária local, para estudar ações de combate à Dengue.

A Diretoria de Ensino de Itapevi tem feito levantamento e distribuição de material ilustrativo de combate à Dengue nas escolas e bairros e parcerias com a OAB – Organização dos Advogados do Brasil – que ministra palestras aos estudantes.

As 60 escolas da região estão desenvolvendo a movimentação de 70.978 mil alunos através de jograis, cartazes, músicas (Hap) e peças teatrais. Está sendo feito também um mutirão envolvendo alunos, professores, funcionários e pais de alunos, além da apresentação dos trabalhos –cartazes- em pontos estratégicos como Shoppings e Estações de trem e ônibus.

Na Escola Estadual Paulo de Abreu, situada na região de Itapevi, está sendo feito um trabalho de conscientização de alunos e moradores da região para que tenham uma idéia da amplitude do problema. Formam-se mutirões, de professor com alunos e limpam a área por onde é feita a caminhada. “O processo de conscientização começa na casa do aluno através dos conhecimentos adquiridos na escola”, comenta o professor responsável Air Nascimento.

Na Durvalino Abilio Teixeira, em Jandira, estão sendo colocados cartazes e pinturas nos painéis para fixar melhor o contexto do problema . Nas aulas de biologia, ciência e matemática os professores disponibilizam informações técnicas, além de distribuírem tarefas para a dramatização do assunto.

Em Itapevi, na escola Romeu Meca, a Diretora Odila Brand, está desenvolvendo um projeto parecido com o Agente Mirim que chama-se Brigada Contra a Dengue. Serão escolhidos dois alunos por classe, totalizando 90 alunos das 45 salas para representar a escola no bairro. Os representantes farão inspeção dentro da escola e fora dela com o apoio da Associação Comercial de Itapevi e vereadores do município que vão disponibilizar “coletes de identificação” aos estudantes.

No caminho da casa para a escola o aluno vai desenvolvendo seu trabalho, conscientizando sobre a ocorrência de possíveis focos e alertando os moradores. Este trabalho solidário fará parte do histórico escolar do aluno, constando o número de horas trabalhadas e o tipo de atividade desenvolvida.

A escola Dolores Garcia Paschoalin, em Jandira, já está buscando parceria para fazer parte de uma gincana, que geralmente é feita no Ginásio de Esportes da região, onde cada escola fica em um stande para apresentar trabalhos, músicas (Hap) sobre o assunto, dança e cartazes. “ No ano passado foi feito um trabalho desse tipo no Ginásio e foi um sucesso”, comenta a diretora Virgínia Soares.

Os professores da escola Amador Bueno Claro Camargo, em Itapevi, faz um trabalho em campo na escola e no bairro com os alunos para mostrar possíveis focos do mosquito. A direção também costuma entrar duas vezes por semana nas salas de aula para distribuir panfletos que são feitos em parceria com a prefeitura e Secretarias Municipal e Estadual.

Em Barueri, na escola Maria Helena I é feito um trabalho de campo na comunidade com professores e alunos. São distribuídos questionários com as seguintes perguntas: Você sabe o que é Dengue?; Sabia que pode matar?; Como a Dengue é transmitida?; Sugestões para a escola desenvolver um trabalho mais abrangente sobre o problema; O que está fazendo para evitar que o mosquito se prolifere?. À partir daí é criada uma tabulação com os resultados da pesquisa que é encaminhada ao representante da área de trabalhos pedagógicos da escola e à Secretaria Municipal de Saúde.

A coordenadora Alike Antolino, Coordenadora de Projetos da Diretoria de Ensino da Região Sul, que abrange regiões de mananciais como Cidade Dutra e Parelheiros, está desenvolvendo projetos de combate à Dengue nas 106 escolas pertencentes à esta diretoria. “ Na escola Adolpho Casais Monteiro, por exemplo, está sendo feita uma limpeza geral dentro da escola para evitar a proliferação do mosquito. Além desse trabalho interno, está sendo feito atividades em grupos de quatro a cinco alunos e moradores em todos os comércios da região como padarias, casa de material de construção e bares, com o objetivo de averiguar possíveis focos e alertar sobre o problema.”, explica Alike.

Paola Martins