Publicação é fruto do Projeto “Caçadores de Nuvens”, desenvolvido com alunos da 5ª série do Ensino Fundamental da Escola Estadual Pedro Moraes Cavalcanti
Para a maioria das pessoas que olha para o céu, as nuvens são todas iguais, salvo algumas variações de formato e altura. Mas para alunos da Escola Estadual Pedro Moraes Cavalcanti, em Piracicaba, essas características ajudam a identificar diferentes tipos de nuvens, que podem ser o presságio de uma simples garoa ou mesmo fortes tempestades com raios e trovões. Esse olhar diferenciado é fruto do projeto “Caçadores de Nuvens”, desenvolvido com alunos da 5ª série do Ensino Fundamental, que durante todo o ano letivo de 2009 produziram um almanaque sobre tipos de nuvens.
“A ideia foi trabalhar o senso de observação dos alunos e também os diferentes gêneros textuais, verbais e não verbais que o formato almanaque permite”, explica a professora de língua portuguesa Cibele Adriana Perina Aguiar, que coordenou o projeto.
Para produção do exemplar, os alunos pesquisaram o surgimento de nuvens, sua composição, formato e altitude. Depois, foram a campo observar e fotografar os diferentes tipos. As imagens foram registradas no almanaque e acompanhadas de textos escritos pelos próprios alunos, comentando características e curiosidades. “Não imaginava que existissem diferentes tipos de nuvens, achava que eram todas iguais, mas conseguimos identificar e fotografar dez tipos diferentes”, comenta a aluna Júlia Teresa Cabral Nunes, 11 anos.
Participaram do projeto quatro classes de 5ª série e cada uma produziu seu próprio almanaque, composto de nove páginas. Ao todo, foram impressos 200 exemplares, parte deles destinados a alunos da 4ª série da unidade. “Foi muito legal participar do projeto. Hoje olho para o céu de uma forma diferente, tentando identificar formas e desenhos. E pelo tipo de nuvem, sei quando é bom levar um guarda-chuva”, diverte-se a estudante Isabela Aparecida Rodrigues do Nascimento, também de 11 anos.
O projeto também faz parte da tese de mestrado desenvolvida pela professora Cibele, sobre “Diálogo entre Linguagens no Ensino de Língua Materna”, que deve se tornar um livro após a conclusão. Para fazer o mestrado, a professora contou com auxílio do Governo do Estado por meio do Programa Bolsa Mestrado, que custeou parte do projeto.
Instituído em dezembro de 2003, o Projeto Bolsa Mestrado prevê ajuda financeira a docentes da rede estadual que tenham interesse em fazer mestrado ou doutorado. Para receber o benefício, o professor deve inscrever o projeto no programa. O mesmo será avaliado e caso aprovado o docente receberá o auxílio. O servidor que conseguir o benefício deverá concluir o mestrado em até 24 meses, prorrogáveis por mais seis. A bolsa para o doutorado tem validade de 48 meses, prorrogáveis por mais seis meses.