Você sabe o que é e faz um satélite? É basicamente qualquer tipo de objeto que dá voltas em torno de um planeta, em um trajeto circular ou em forma de eclipse. Essa trajetória é chamada de órbita. A Lua, por exemplo, é considerada o satélite natural da Terra. Mas também existem os satélites artificiais, ou construídos pelo homem, que servem para executar funções planejadas. E um deles foi construído pelos alunos do Ensino Fundamental da E.E. Escola Presidente Tancredo de Almeida Neves, situada em Ubatuba.
Sob a supervisão do professor de Matemática, Candido Oswaldo Moura, as crianças construíram o equipamento, pontapé inicial do projeto UbatubaSat, iniciado em 2010. A iniciativa conta com a parceria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). “Vimos uma nota na revista Superinteressante que falava de uma empresa norte-americana estava vendendo kits de satélites. Foi aí que pensei na possibilidade de construir isso com os alunos. Falei com amigos e empresários para levantarmos recursos, fui no Inpe e lá tive uma conversa com o diretor, que topou em nos apoiar. E aí começou tudo”, afirma.
Mais de 300 estudantes participaram da atividade. Ao longo do projeto, eles receberam cursos de solda com qualificação espacial e de eletrônica básica. “Esse curso foi dado no Inpe, por engenheiros especializados. Foi um curso de uma semana. Outra curiosidade desse projeto foi em 2012, quando nossos alunos apresentaram um artigo científico num congresso lá no Japão”, revela o educador.
A história dos alunos e do professor foi contata no documentário Projeto UbatubaSat – Uma Jornada do Conhecimento, que estreou neste mês. O conteúdo pode ser assistido no site da TV Escola. Clique aqui e saiba mais.
“O documentário surgiu na mesma época do artigo porque a gente participou, paralelo ao congresso, de uma feira aeroespacial no Japão. Aí resolvemos fazer um filme para explicar como construímos o satélite aos japoneses, americanos, etc.”
Lançamento do satélite em 2017
Até então inédita na rede estadual paulista, a iniciativa já chamou a atenção de instituições de países como Inglaterra, Estados Unidos e Japão. No próximo ano, inclusive, o satélite será lançado no país oriental. “O satélite será entregue para a Agencia Espacial Japonesa, que vai lançar no espaço no próximo ano”, conclui Candido.
Concurso da NASA para alunos da rede pública
Como seria viver em uma estação espacial do futuro? A NASA (Agência Espacial Americana) convida os 3,8 milhões de alunos da rede estadual paulista a desenvolverem projetos detalhados de estações espaciais futuristas e assentamentos orbitais como casas permanentes e até mesmo elaborar jogos e esportes que podem ser praticados em gravidade zero. Podem participar estudantes com, no máximo, 18 anos de idade.
Para concorrer, alunos do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais devem produzir um desenho. Os demais ciclos devem apresentar os projetos de construção detalhada em forma de pesquisa, ensaios literários e até mesmo maquetes. O intuito é que, por meio da pesquisa, os alunos possam desenvolver sua criatividade e interesse pela área de ciência e tecnologia. Os trabalhos devem ser enviados até 1º de março de 2017.
– Clique aqui e participe do concurso.
Para incentivar alunos da rede a se inscreverem, no início do mês, o pesquisador da NASA, Ivan Gláucio Paulino, esteve em Marília, na E.E Professor Amílcare Mattei, onde estudou na adolescência, para engajar os jovens a participarem da ação e enviarem os seus projetos. Se tudo der certo, será a primeira vez que escolas públicas participarão da ação. Saiba mais aqui.