Sempre inovando dentro da proposta pedagógica aplicada, a EE Zuleika de Barros, Zona Sul da Capital, criou o projeto de Arte e Português “A Guernica Nossa de cada dia”.
Tendo como tema a obra de Pablo Picasso “Guernica”, os professores de Arte e Português discutiram a produção do artista por meio de leituras da obra para uma aprendizagem mais significativa. O projeto envolveu 245 alunos do 2º ano do ensino médio.
A proposta foi que cada aluno trouxesse suas pequenas “guerras” diárias para a construção individual de uma nova produção artística. O resultado do trabalho virou exposição no Saguão da Escola Zuleika de Barros Martins Ferreira.
Os alunos da escola Zuleika de Barros tomaram como exemplo a criação de Picasso e trouxeram para a escola a reflexão das cenas vividas por eles no cotidiano.
“Guernica” é um óleo sobre tela de autoria de Pablo Picasso, datado de 1937. Executado para o pavilhão da República Espanhola, na Exposição Internacional de Paris, o painel tem as dimensões de 350 x 782 cm e encontra-se, atualmente, exposto no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid. Para muitos, esta obra é a síntese da força e da energia do artista.
A tela foi inspirada na própria cidade de Guernica, capital da província Basca, onde em 26 de Abril de 1937 foi alvo de bombardeamentos por parte de aviões alemães (Legião Condor), por ordem do General Franco. Dos 7.000 habitantes, 1654 foram mortos e 889 feridos. A destruição de Guernica foi a primeira demonstração da técnica de bombardeamentos de saturação, mais tarde empregada na 2ª Guerra Mundial. O Mural constituiu uma visão profética da desgraça.
Em primeiro plano no quadro está uma figura fragmentada com a cabeça cortada, à esquerda, e um braço também cortado, ao centro, agarrando uma espada quebrada, emblema bem conhecido da resistência heróica. Junto à espada quebrada encontra-se uma flor, como uma mensagem de esperança numa vida nova, apesar das tentativas do homem para a destruir constantemente. A comovente delicadeza da flor parece aumentar o horror geral da cena caótica.
Luciane Salles