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segunda-feira, 08/06/2020
Boas Práticas

Atividades físicas na pandemia e sua relação com a saúde mental são tema de bate-papo no CMSP

Professor Doutor da USP conversou com secretário executivo de educação sobre o assunto

Nesta segunda-feira (8) os servidores da rede estadual de São Paulo acompanharam, pelo Centro de Mídias (CMSP) uma conversa do secretário executivo Haroldo Corra Rocha com o Professor Doutor Júlio Serrão, coordenador do escritório de atividades esportivas da Pró Reitoria da USP, sobre o benéfico das atividades físicas e como elas podem ajudar na saúde mental.

O professor universitário começou destacando que o exercício físico cuida da saúde como um todo, diferente da percepção da maioria das pessoas, que considera essas atividades apenas para questões relacionadas a saúde física.

“Isso vem de muito tempo atrás, de quando a gente separava saúde física de saúde mental. Hoje nós sabemos que de fato essas duas coisas são absolutamente indissociáveis, não dá para ter uma coisa sem ter a outra,” afirmou.

O profissional alertou que as incertezas causadas pela pandemia podem gerar consequências como a depressão, por exemplo. Neste momento as atividades físicas podem ser grandes aliadas porque não são indicadas apenas para distrair os pacientes, elas liberam hormônios como endorfina, dopamina e serotonina, conhecidos como hormônios da felicidade. Outro benefício, apresentado por pesquisas, são o desenvolvimento de novos neurônios no sistema nervoso do cérebro ligado a memória, aprendizagem e gerência de emoções.

Ao ser questionado pelo secretário executivo sobre algumas pessoas sentirem prazer em realizar exercícios físicos e outras não, o professor explicou que a atividade física é de um jeito para cada pessoa e não existe um exercício perfeito e ideal para todo mundo. “Se a pessoa gosta de dançar, ela pode dançar, se gosta de fazer musculação, ela pode fazer musculação. De uma forma genérica qualquer atividade física vai fazer bem. O profissional de educação física vai ajustar aquela atividade para as suas necessidades.”

“Para a gente cumprir a nossa missão nós precisamos estar bem. Para a gente atender bem as crianças, os jovens e os adolescentes precisamos estar bem”, concordou Haroldo.

Durante o isolamento social Júlio incentivou toda rede estadual a buscar novas práticas esportivas, como yoga, meditação e aulas funcionais, e as realizarem em família. Mas alertou que este não é o momento de se forçar ao máximo, principalmente tentando seguir outras pessoas que já tem prática.

E reforçou para que, em caso de dúvida, fossem procurados os profissionais de educação física das escolas para que eles possam conversar e receber orientação sobre o exercício mais indicado ao seu perfil pessoal. “É necessário que o profissional saiba quais são suas características, quais são os seus gostos, quais são as suas limitações”, explicou.

Podcast

Outra indicação do professor foi o podcast semanal da Escola de Educação Física e Esporte da USP que divulga informações sobre a importância da manutenção da atividade física, mesmo em casa. O ‘EEFECast’, possui linguagem acessível aliando teoria e prática para disseminar conteúdo útil e relevante para a população. Escute em (https://anchor.fm/eefeusp)