Com o mar a poucos metros do prédio, alunos da E.E. Paulo Clemente Santini não tiveram dúvidas na hora de escolher o surfe como o esporte preferido e também como aliado da educação. Em parceria com a ONG Educasurfe, a unidade de ensino ajuda meninos e meninas a dar as primeiras manobras em cima da prancha. Desde o início do projeto, mais de 100 estudantes já passaram pela equipe.
No entanto, para participar é preciso ter bom desempenho em sala de aula, e todos os meses os alunos são avaliados. No relatório enviado pela escola são apontadas as notas, frequência e também o comportamento desses jovens. Caso o boletim seja satisfatório, eles têm o caminho livre para participar do programa. Neste semestre, 15 estudantes estão inscritos.
As aulas são oferecidas sempre aos sábados, na praia da Enseada. Além de aprender a “planar”, eles também são orientados sobre os perigos das grandes ondas, como evitar acidentes, técnicas de salvamento e alimentação saudável. Eventos culturais, como o baile de Dança Havaiana, também fazem parte do projeto.
“No litoral, o surfe é um grande concorrente do futebol. Todo mundo gosta ou conhece alguém que pratica. Além de incentivar a disciplina que os atletas precisam seguir, o projeto também abre portas para nossos alunos. Queremos que eles conheçam novas pessoas e outras realidades fora da escola”, afirma a diretora da unidade, Raquel Alves Bandim da Silva.
Educação Física na rede estadual
O contato com diversas modalidades esportivas faz parte do currículo da rede estadual de ensino. Além dos tradicionais jogos de grupo, como futebol, vôlei, basquete, handebol, a Educação também investe em aulas comportamentais. Temas como padrões de beleza, doping, anabolizantes e violência das torcidas organizadas estão em destaque na mídia e são geralmente debatidos pelos jovens. As escolas também têm à disposição uma coleção de filmes e podem propor atividades em sala de aula.