Como formar pessoas com competências de liderança para garantir a eficiência e melhor gestão de escolas e instituições de ensino públicas? É essa pergunta que o projeto “Líderes Públicos” irá responder.
Válido para todos os 91 Dirigentes Regionais de Ensino – líder das escolas nas regiões, a ideia é abranger diretores de escola, vices, supervisores, entre outros cargos. O projeto adota critérios claros para analisar o desempenho individual de cada dirigente e implementa um modelo de gestão de pessoas parecido com grandes empresas privadas, valorizando competências como liderança, resiliência, tomada de decisões, entre outras.
O programa é um ponto importante para a melhoria do aprendizado no ensino público em São Paulo. “O mais difícil na gestão é a gestão de pessoas. Ter uma relação próxima com professores e diretores é o primeiro passo para muita coisa”, citou o secretário Rossieli na reunião.
“Queremos um modelo de gestão que valorize o que já está estabelecido e que foque no compromisso, no resultado e nas competências que queremos”, completa.
A ideia é valorizar os bons profissionais da rede de ensino e identificar os mais aptos a exercer liderança e bem preparados para ajudar a melhorar os índices de aprendizados dos alunos. “O gestor precisa ter uma agenda muito bem definida, começando pela base, material didático, conjunto de ações a serem tomadas. É com esse olhar que me junto a vocês. Uma boa gestão lida com pessoas e trabalha pela educação pública de qualidade”, cita Haroldo Rocha, secretário executivo da Educação.
Programa ocorre em etapas
A ideia foi apresentada em reunião no dia 27 de março a diversos dirigentes de ensino na sede da Secretaria da Educação, em São Paulo. O programa é dividido em etapas. Na primeira fase, que vai de 04 a 15 de abril, os dirigentes passarão por uma entrevista. Será levado em conta o histórico profissional e as realizações na carreira.
Ao fim da etapa, os participantes receberão uma devolutiva. Os cargos que eventualmente fiquem à disposição serão preenchidos por meio de um processo seletivo com base nas competências.
Dados
O programa é fruto de uma parceria entre a Secretaria Estadual da Educação e a Aliança, formada por quatro organizações do terceiro setor – Fundação Brava, Fundação Lemann, Instituto Humanize e Instituto República. O acordo de cooperação técnica não envolve custo para o Estado.