Nas mais de cinco mil escolas da rede estadual de ensino, alunos e professores desenvolvem projetos e atividades que transformam o ambiente escolar. São ações que ultrapassam os muros da escola e beneficiam também a comunidade no entorno. E a Educação tem a missão de incentivar o protagonismo juvenil e compartilhar essas boas práticas. Com objetivo de influenciar toda a rede e a comunidade escolar, separamos algumas boas práticas:
Geralmente as cascas dos alimentos são descartadas. A aluna Poliana Hilário, da escola Professora Maria Dolores Verissimo Madureira, de São José dos Campos, encontrou uma nova finalidade para elas. Com o objetivo de se inscrever na 4ª edição da Feira de Ciências das Escolas Estaduais, em 2016, a jovem criou uma embalagem biodegradável usando a casa da banana, insumos de fácil acesso e baixo custo de produção, como alho, manjericão, orégano e canela em pó.
O objetivo da embalagem foi de substituir os recipientes de isopor, material que não é reciclável. “Eu sempre tive o sonho de fazer algum projeto que fosse totalmente inovador e que beneficiasse o Meio Ambiente, e que esse projeto fosse reconhecido de qualquer forma possível”, disse Poliana. Em 2016, ela conquistou o terceiro lugar na feira de ciências.
Continuando ainda pelo interior de São Paulo, temos os estudantes da escola Antonio Kassawara Katutok, em Gabriel Monteiro, região de Birigui, responsáveis por diversos projetos sustentáveis, como o sistema econômico e ecológico de captação de água da chuva. O sistema, criado pelos alunos do Ensino Médio, reutiliza a água pluvial na irrigação da horta escolar de um bosque que os próprios alunos são responsáveis pelo plantio. Os alimentos da horta vão direto para os pratos dos alunos durante a merenda escolar e todas as cascas e sobras são reaproveitadas como adubo.
A coordenadora pedagógica da escola, Giovana Cervantes Loli Penha comemora o resultado. “Tudo isso mostra que estamos no caminho certo, fazendo aquilo que é necessário para contribuir com a mudança que o mundo precisa”, disse.
Na escola Adelaide Maria de Barros, em Mogi das Cruzes, os jovens Bruno Gaspar e Wesley Oliveira, criaram um aplicativo para ajudar na coleta de lixo que identificou problemas e encontrou soluções na rotina da comunidade escolar.
A iniciativa foi destaque na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). “Demorou para a gente entender que fomos os vencedores daquela competição. Agora é trabalhar para colocar o App na rua e conquistar usuários”, afirma Wesley Oliveira.
Um monitor cardíaco para sonâmbulos, criado pela jovem Nathália Souza de Oliveira, da escola Alexandre Von Humboldt, possui um sensor óptico e uma placa de arduíno para verificação da frequência cardíaca. Parecido com um relógio, o aparelho possui também um alarme que registra algo fora do padrão. “Eu pesquisei que o sonambulismo não é tratado como doença. No entanto, as pessoas que sofrem com isso podem sofrer acidentes. Eu sempre quis algo na área de neurologia. Aí criei um dispositivo que une os dois”, disse Nathália.