Desenvolver opções didáticas para alunos da rede estadual de ensino com deficiência visual é o foco do curso “Cartografia Escolar: Mapeando o Currículo de Geografia”. A formação, que acontece nessa segunda-feira (14), é promovida pelo Laboratório de Ensino e Material Didático (LEMADI) do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP).
A formação é voltada para professores das salas de recursos ou de escolas que atuem na área de educação inclusiva. Nesta edição, participam 40 educadores da Diretoria de Ensino de Fernandópolis.
A orientação técnica ensinará como utilizar os recursos da cartografia tátil, área da Geografia que estuda a concepção de mapas para alunos cegos ou com baixa-visão, em sala de aula, aplicando o conteúdo do Currículo do Estado de São Paulo de forma acessível.
“O curso ampliará os conhecimentos, ensinando novas técnicas e apontando quais são e como suprir as necessidades dos alunos”, afirma Antônio Amaro Gubbo, que é professor de Geografia da E.E. Silvio Miotto, em Estrela D’Oeste, onde acompanha a evolução de uma aluna cega.
“Pretendo desenvolver mapas do espaço físico para dar autonomia aos alunos”, conta Noemi Salas Balestrieri, professora da sala de recursos da E.E. Saturnino Leon Arroyo, em Fernandópolis.
Sala de recursos
Em todo o Estado de São Paulo, as escolas da rede estadual dispõem de 1.746 salas de recursos. Nessas classes, são assistidos cerca de 14 mil alunos com deficiência múltipla, cegueira, baixa visão, surdez severa ou profunda, surdez leve ou moderada, surdocegueira, paralisia cerebral, transtorno desintegrativo da infância, e as síndromes de Down, Asperger e Rett.