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sexta-feira, 08/09/2006
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Comemorações incluíram concerto no Pátio do Colégio e participação de alunos da rede estadual

Apresentações da Camerata e Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo aconteceram no Solar da Marquesa de Santos O encerramento da Festa da Independência, na tarde desta quinta […]

Apresentações da Camerata e Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo aconteceram no Solar da Marquesa de Santos

O encerramento da Festa da Independência, na tarde desta quinta feira, dia 7, contou com a presença do governador do Estado, Cláudio Lembo, do prefeito Gilberto Kassab, da secretária de Estado da Educação, Maria Lucia Vasconcelos e de autoridades do Exército, Marinha e Aeronáutica. O Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo encantou a platéia de 250 pessoas presentes, incluindo alunos de 1ª a 4ª séries da Escola Estadual Rodrigues Alves. No repertório, obras de Bach, Puccini, Villa Lobos e Carlos Gomes, entre outros.

O ponto alto da apresentação foi a belíssima interpretação de Nessun Dorma, da Ópera Turandot, de Puccini, pelo soldado Edenilson e a modinha “Quem sabe” (conhecida como Tão longe de mim distante), de Carlos Gomes, feita para Ambrosina, de Campinas, que foi seu primeiro amor, cantada pelo 2º Sargento Noel, de Guararema.

A execução do Hino da Independência, acompanhada por todos, finalizou a apresentação, que teve o reforço vocal do grupo de alunos da rede estadual. Para Maico Douglas Osório, 10 anos, aluno da 4ª série, o melhor da festa foi cantar o hino, que sabia de cor. Em seu breve discurso, o governador Claudio Lembo destacou a bravura dos brasileiros. “Não conseguiram e não conseguirão nunca destruir a nossa independência, porque a brava gente brasileira é consciente dos valores nacionais e de sua grandeza”.

Sobre o Corpo Musical da PM do Estado de São Paulo

A Camerata e o Coral fazem parte do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A Camerata, sob a regência do 2º tenente Ismael Alves de Oliveira, é formada por oito integrantes que tocam violino, flauta, oboé, baixo acústico e teclado. No evento, foi acompanhada pelos 26 policiais militares do Coral masculino, que atua desde  dezembro de 1962 (na época pertencia à extinta Guarda Civil de São Paulo). É considerado patrimônio da cultura musical brasileira. A corporação usa metodologia de ensino e fardamento baseados no modelo francês.

Sobre o Solar da Marquesa

Conhecido também como Palacete do Carmo, o edifício do século 18 foi construído em taipa de pilão (ao lado do Pátio do Colégio, no centro históricoda Capital) e adquirido em 1834 por D. Maria Domitilia de Castro Canto e Mello, a Marquesa de Santos, que o transformou numa das residências mais aristocráticas de São Paulo. O anexo foi construído em etapas durante as décadas de 30 e 40 do século XX. A partir de 1975, passou a abrigar as atividades da Secretaria Municipal de Cultura. Interditado em 1984, por motivos de segurança, somente em 1991 o Solar foi submetido a um processo de restauro. Atualmente, abriga atividades como exposições permanentes e temporárias, consulta ao Arquivo de Negativos, Projeto 3ª Idade, Serviço Educativo, atividades voltadas à preservação do patrimônio histórico e cultural paulistano, projeção de vídeos e apresentações musicais.

Sobre a Marquesa de Santos

Maria Domitilia de Castro do Canto e Mello, última de sete irmãos, nasceu em São Paulo, em 1797. Em 1822, conheceu o Imperador D.Pedro I com quem teve cinco filhos. Dois anos depois, foi designada Baronesa de Santos Em 1825, recebeu o título de Viscondessa,  e, finalmente em 1826, o título de Marquesa de Santos.

Como sua presença na corte (após a morte de Imperatriz Maria Leopoldina), criava dificuldades para o segundo casamento de D. Pedro I, a ligação entre eles foi definitivamente rompida em 1829. Em 1834, a Marquesa de Santos adquiriu o Solar pela quantia de onze contos e quatrocentos mil réis. Dedicou-se na velhice às obras beneméritas, protegendo os pobres, cuidando dos doentes e de estudantes da Faculdade do Largo de São Francisco. Faleceu em 1867 e foi sepultada  no Cemitério da Consolação, cujas terras foram doadas por ela.