Os alunos da escola Doutor Paulo Araújo Novaes decidiram cantar de uma fora diferente: utilizando a línguas dos sinais. Os jovens de Avaré, no interior de São Paulo, criaram o Coral de Libras “Emoção do Silêncio”. A iniciativa uniu toda a comunidade escolar em prol da inclusão.
A Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) possui níveis linguísticos fonológico, morfológicos, sintático e semântico. O que diferencia das outras linguagens são os sinais. Para se comunicar de forma eficiente, é necessário entender as estruturas gramaticais para formar frases.
O projeto nasceu por um motivo: a entrada da aluna Bruna Tainá na unidade de ensino há quatro anos. “A questão da Libras começou no programa Escola da Família. Ai eu sai e vim para o Pan, foi onde eu comecei a dar aula para Bruna. Aí eu pensei: meu Deus e agora? A sala cheia né? Uma aluna surda. Aí eu conversei com a sala. Eu falei: vocês topam? Vamos montar um coral?” explica a professora responsável pelo projeto Elisabeth Batista dos Santos.
Os alunos da escola aceitaram imediatamente o desafio proposto pela professora. Todas as segundas e quartas, os jovens se reúnem para as aulas de libras e durante o intervalo realizam interação os alunos surdo-mudo.
Utilizando a linguagem dos sinais, a aluna Thamires Cristina Ribeiro perguntou para a sua amiga Bruna Tainá. “O que você gosta na escola?”. E ela respondeu “eu gosto muito dos meus amigos”.
“Nesse caso, quando a gente fala de inclusão e a gente vê essas crianças participarem, a gente vê o envolvimento do professor, a gente vê que é ainda na escola, que ainda é o professor, que ainda somos nós os educadores e podemos fazer a diferença na vida dessas crianças”, conta a Dirigente Lucimeire Gomes Mendonça.