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terça-feira, 26/04/2011
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Professores aprovam curso para ingressantes da Rede Estadual

?Maioria dos docentes considerou a preparação relevante para a carreira e para a prática em sala de aula Pesquisa foi realizada pela São Paulo Escola de Formação com os professores […]

?Maioria dos docentes considerou a preparação relevante para a carreira e para a prática em sala de aula

Pesquisa foi realizada pela São Paulo Escola de Formação com os professores efetivos que iniciaram na rede em 2011

O curso é etapa obrigatória nos concursos para o quadro do magistério do Estado

A maioria dos 9.304 professores efetivos que começaram a lecionar na rede estadual de ensino em 2011 aprovou o curso de formação específica promovido pela São Paulo Escola de Formação. Os docentes consideraram a preparação relevante tanto para a carreira quanto para a prática em sala de aula. A avaliação consta em pesquisa feita pela Escola de Formação com a primeira turma de cursistas, proveniente do concurso público realizado em 2010 para professores do Ensino Fundamental Ciclo II, Ensino Médio e Educação Especial. O curso é etapa obrigatória nos concursos para ingressantes no quadro do magistério do Estado (professores, diretores e supervisores de ensino).

Realizada em 2010, entre os dias 8 e 18 de dezembro, a pesquisa envolveu 7.773 cursistas (de um total de 9.526), que responderam a questões sobre conteúdo, estrutura, condições e dedicação relativas ao curso. Do total, 91% consideraram a preparação importante para o ingresso na carreira, 95% avaliaram o curso como relevante para a prática como professor da rede estadual e 94% afirmaram que os conteúdos abordados contribuíram para melhoria da prática pedagógica.

“Nunca tinha participado de um curso a distância e gostei muito. Tivemos acesso a um material muito rico, com vídeos e depoimentos. Achei muito bom”, comentou Silvio Neris da Silva, professor de inglês que ingressou neste ano na rede como efetivo, depois de 10 anos atuando como temporário. Para ele, o curso forneceu elementos que lhe permitiram compreender melhor o currículo e seus objetivos, assim como aperfeiçoar a prática em sala de aula. “Muitas das temáticas abordadas foram focadas na realidade do docente em sala de aula, fornecendo subsídios para lidarmos com situações recorrentes em nosso cotidiano”, disse Silvio.

Já para o professor de língua portuguesa Willians Calazans Vasconcelos de Melo, que iniciou sua carreira no magistério neste ano, a formação preencheu lacunas encontradas nos cursos de licenciatura. “Foram trabalhados temas como a carreira no magistério do Estado e legislação educacional, que não são contemplados nos cursos de graduação”, salienta Willians, que considera o curso de formação específica importante para equalizar o nível dos professores que estão ingressando na rede. “É uma iniciativa importante do Estado, uma forma de valorizar e reconhecer o papel do professor dentro da sociedade”, afirmou.

Sobre o Curso de Formação Específica

Conforme o artigo 7 da Lei Complementar nº 1.094, de 16 de julho de 2009, além das etapas de prova objetiva e de avaliação de títulos, os concursos para as carreiras do Quadro do Magistério (professores, diretores e supervisores de ensino) incluem curso de formação específica, oferecido pela São Paulo Escola de Formação de Professores, como uma terceira fase obrigatória. Para ser aprovado no concurso, o candidato precisa cursá-lo e ser aprovado em prova de aptidão.

No curso, os docentes que ingressaram na rede estadual em 2011 conheceram o currículo adotado pelo Estado, metodologias de trabalho e aspectos da realidade das escolas estaduais. O conteúdo do curso foi dividido em duas etapas. A primeira, com duração de oito semanas, comum a todos os candidatos, abordou a função e a identidade do professor e a identidade e diversidade dos alunos e sua relação com a aprendizagem e o conhecimento, além de cultura escolar e familiar. Na segunda, com duração de 10 semanas, os professores trabalharam suas respectivas especialidades, ou seja, cada uma das 13 disciplinas do currículo da rede estadual de ensino e educação especial.

O curso compreendeu um total de 360 horas (sendo a primeira etapa de 160 horas e a segunda de 200 horas), divididas em 18 módulos semanais de 20 horas. O conteúdo dos módulos foi disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), no site da Escola de Formação, e acessado por meio de senha pessoal.

Os módulos foram agrupados em quatro períodos de um mês cada: o primeiro mês correspondente aos módulos de 1 a 4 e ao primeiro encontro presencial; o segundo mês correspondente aos módulos de 5 a 8; o terceiro mês correspondente aos módulos de 9 a 13 e ao segundo encontro presencial; o quarto mês correspondente aos módulos de 14 a 18 e ao terceiro encontro presencial.

Cada módulo teve início às 5h da quarta-feira e as atividades web foram encerradas às 23h59 da terça-feira da semana seguinte. Os trabalhos online compreenderam questões objetivas e discursivas, fóruns de discussão, redações e projetos, contabilizados na participação do curso. As questões objetivas foram corrigidas automaticamente pelo sistema e as questões discursivas, fóruns, redações e projetos foram validados pelo professor-tutor. A participação foi aferida a cada mês, conforme as tarefas cumpridas (postadas no AVA e validadas pelo professor-tutor).

Para a conclusão do curso era necessário que o candidato cumprisse, no mínimo, 75% do total das atividades propostas a cada período (incluindo trabalhos desenvolvidos na web e nos encontros presenciais), participasse integralmente de pelo menos dois encontros presenciais e fosse aprovado em prova objetiva.

Sobre o programa Mais Qualidade

Lançado em maio de 2009 pelo Governo do Estado, o programa + Qualidade na Escola criou, em sua primeira fase, a Escola de Formação de Professores, que mudou a forma de ingresso dos profissionais do magistério (instituindo o curso de formação como última etapa do processo seletivo), além de ter implementado duas novas jornadas de trabalho (de 12 e 40 horas semanais), aberto 80 mil novos cargos efetivos no magistério e regulamentado a situação dos professores temporários, instituindo o exame como requisito para sua atuação nas salas de aulas.

Na segunda fase da ação, foi criado o programa Valorização pelo Mérito, que reconhece o esforço e a dedicação dos profissionais de toda a rede. O Valorização pelo Mérito permite aos docentes quadruplicar o salário inicial da carreira desde que cumpram as regras de promoção, tenham notas mínimas em avaliações e consigam classificação entre os 20% melhores dentro do quadro total do magistério no Estado. A remuneração inicial para a jornada de 40 horas semanais, que hoje é de R$ 1.834,85, pode chegar a R$ 6.270,78 ao longo da carreira, um aumento de 242%.

O programa Valorização pelo Mérito dá sequência à ampla política desenvolvida pelo Governo do Estado para melhorar a qualidade da educação, com medidas como o programa Ler e Escrever (voltado à aceleração da alfabetização de crianças de 1ª a 4ª série), o São Paulo Faz Escola (com novo currículo e materiais específicos para alunos e professores) e diversas modalidades de recuperação de aprendizagem para alunos com dificuldades, entre outras ações.