Alunos da Escola Estadual Professora Dulce Ferreira Boarin, em São Paulo, descobriram na cama elástica, malabares e outros equipamentos circenses lições de Matemática. A aula eletiva “Respeitável público, o Circo Boarin chegou” reuniu, durante o primeiro semestre de 2017, 35 estudantes de 10 a 14 anos de idade. Entre um salto e outro, eles aplicavam teorias da Lei de Newton, aprenderam medidas de tempo e velocidade, além de formas geométricas.
No Circo Boarin, os alunos também puderam experimentar o slackline (modalidade esportiva em que o participante se equilibra em fios ou cordas). Boa parte dos equipamentos foi confeccionado pelos próprios estudantes. Garrafas pet, bolas de arroz, sacos plásticos e bexigas serviram de matéria-prima para malabares e bilboquês.
A ideia de levar o picadeiro à escola partiu dos professores Silvia Cristina Bonifácio, de Educação Física, e José Roberto Ezequiel, Matemática. Juntos eles incentivaram a criação da turma. No início, a ideia era atrair estudantes com episódios de indisciplina e também dificuldades de aprendizagem. O alcance, no entanto, foi além. As atividades garantiram notas melhores em Matemática e noções de lateralidade, equilíbrio, ritmo e coordenação motora.
“As atrações circenses costumam atrair muitas pessoas. Com ajuda delas, conseguimos quebrar com os alunos o mito de que Matemática é chata”, conta a professora Silvia. A iniciativa também antecipa lições. “Os alunos também foram preparados para as aulas da disciplina de Física que terão no Ensino Médio”, acrescentou José Roberto.