Top 10 no Global Teacher Prize, professora de destaque e com reconhecimento em toda a rede, Débora Garofalo é a nova integrante do time da Secretaria da Educação de São Paulo. Ela terá como principal função a implementação da disciplina de Tecnologias nas escolas públicas estaduais, uma iniciativa que faz parte do Inova Educação, modelo pedagógico lançado recentemente pela Seduc.
Formada em Letras e em Pedagogia, com pós-graduação em Língua Portuguesa pela Unicamp, cursando Mestrado em educação pela PUC-SP, Garofalo tem mais de 14 anos de experiência da Rede Pública Municipal de São Paulo, atuando na Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e em Educação para Jovens e Adultos.
+ Acesse o site pessoal de Débora Garofalo
Ela se notabilizou por por ser uma das 10 finalistas do Global Teacher Prize (“Prêmio Professor Global”), que reconhece os professores do mundo todo que realizam as maiores contribuições à sua profissão. Isso se deu por seu projeto de robótica com sucata, realizado em uma escola na periferia de São Paulo. “Eu olhei para essa questão do lixo e percebi que ele tinha esse potencial transformador, e o projeto nasceu daí, de olhar um pouco para essa comunidade e ter essa possibilidade de transformação”, relembra a professora.
Nele, os alunos utilizam materiais recicláveis, que são recolhidos pelos próprios estudantes no bairro em que moram, para criar novas tecnologias. O primeiro protótipo a sair do rascunho foi um carrinho movido a bexiga, que, ao funcionar, chamou a atenção de todos da turma e foi o pontapé inicial para a mudança que o projeto traria para os alunos e para a comunidade local.
Esta foi a primeira vez que uma mulher brasileira ficou entre os finalistas do Teacher Prize.
+ Professora de São Paulo é uma das 10 finalistas do Global Teacher Prize
Desafio será implementar programa de tecnologia no Inova Educação
Na Secretaria da Educação, Débora terá como desafio implementar disciplina de Tecnologias nas salas de aula. “Em primeiro lugar estou muito feliz com esta imensa oportunidade. O nosso desafio será o de não só levar tecnologia e infraestrutura para as salas de aula, mas também ‘virar a chavinha’ para um outro olhar para a tecnologia”, afirma a professora.
Uma das propostas da profissional é ouvir professores, PCNPs e alunos para formar um mapeamento visando implementar a disciplina de tecnologia para para os cerca de dois milhões de alunos da rede pública estadual. Ela ainda defende que a evasão escolar será diminuída, pois os alunos do Ensino Médio, por exemplo, estarão mais participativos com as novas oportunidades.
”Não podemos nos esquecer que o celular é hoje um instrumento importante de aprendizado e devemos fazer uso disso. É claro que vamos lutar para melhorar a infraestruturas das escolas com Wi-fi de qualidade, bons equipamentos, mas que a disciplina de tecnologia não versa só sobre equipamento Hi-Tec , mas a nossa visão e utilização adequada”, finaliza.