Nesta segunda-feira (6) servidores da rede estadual acompanharam, pelo Centro de Mídias SP (CMSP), uma videoconferência sobre crimes cibernéticos com o delegado e professor em cyber crimes Guilherme Caselli e o secretário executivo Haroldo Corrêa Rocha.
Haroldo iniciou a conversa transmissão destacando números do Programa Conviva SP que apontam que quase 60% dos casos de bullying na rede são cyberbullying, ou seja, cometidos em ambiente virtual.
Durante a conversa, o delegado Guilherme Caselli lembrou de quando atuava na polícia civil e exemplificou outros casos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em um deles foram identificados oito administradores de um grupo no Facebook que organizava ataques de injúria raciais a páginas na rede, entre elas a da atriz Taís Araújo e da cantora Preta Gil. Também atuou em casos relacionados a Baleia Azul, um ‘jogo’ na internet ligado a casos de suicídio.
Para os professores, o delegado sugeriu que, ao serem informados ou identificarem uma situação de bullying na internet, fiquem atentos e trabalhem em um primeiro momento pedagogicamente investindo na conscientização e na prevenção sobre o tema, “Eu, como delegado, só devo interceder quando todos os ramos do Direito não servirem mais para sanar aquela dificuldade […] Acredito acima de tudo que o professor tem a autoridade para mediar essas questões junto com os alunos em sala de aula”, disse.
Guilherme Caselli alertou que em alguns casos pode haver a progressão criminosa, ou seja, quando um indivíduo comete um crime pequeno e a partir deste crime um maior acontece. Para casos em que haja necessidade de um apoio legal, ele lembra que é preciso preservar os materiais (prints) que comprovem o crime virtual (ameaças, injúrias, bullying, racismo etc).
Ele se colocou à disposição para participar de outras formações e ajudar elaborar um material sobre o assunto para a rede estadual. Mais de 6 mil pessoas acompanharam a transmissão, “Muito oportuna essa formação” “Necessário e importante no momento” “Muito esclarecedor, ainda mais para a época em que estamos!” “Assunto extremamente pertinente”, foram alguns dos comentários de educadores no chat do CMSP.