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quarta-feira, 07/03/2012
Imprensa

Desempenho da rede estadual melhora no Saresp 2011

Médias do Ensino Fundamental subiram em língua portuguesa e em matemática. No Ensino Médio, houve aumento em matemática e estabilização em língua portuguesa As médias do Saresp (Sistema de Avaliação […]

Médias do Ensino Fundamental subiram em língua portuguesa e em matemática. No Ensino Médio, houve aumento em matemática e estabilização em língua portuguesa

As médias do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) de 2011 para os 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e para a 3ª série do Ensino Médio apresentaram melhora em relação aos dados de 2010. Os alunos do Ensino Fundamental, em especial do ciclo I, avançaram tanto em língua portuguesa como em matemática. No Ensino Médio, houve aumento na média de matemática e estabilização no resultado de língua portuguesa.

“Os dados do Saresp melhoraram, apontam que estamos no caminho certo, mas precisamos avançar ainda mais, é claro. Estamos investindo na formação de professores e em novas ferramentas de avaliação, por exemplo, o que beneficiará toda a rede. Para o Ensino Médio temos dois programas importantes, a Rede Ensino Médio Técnico e o Ensino Médio Integral, entre outras ações como o curso de inglês online. Até a reorganização administrativa pela qual a Pasta passou contribui para crescermos”, afirma o secretário-adjunto da Educação do Estado, professor João Cardoso Palma Filho.

Na comparação entre 2010 e 2011, a média de proficiência dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental subiu 4,4 pontos em matemática. Entre os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental, a melhora é de 1,9 ponto. E na 3ª série do Ensino Médio, o crescimento foi de 0,5 ponto.

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Em língua portuguesa, comparando os resultados de 2011 aos de 2010, no 5º ano do Ensino Fundamental, a média subiu 4,6 pontos. No 9º ano do mesmo nível de ensino, houve uma variação positiva de 0,4 ponto, enquanto a 3ª série do Ensino Médio permaneceu no mesmo patamar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vale ressaltar que o expressivo avanço nos anos iniciais do Ensino Fundamental aponta que a rede estadual deve ter um resultado crescente nos anos finais desse mesmo nível e no Ensino Médio nos próximos anos. Os gráficos a seguir demonstram a distribuição dos alunos nos diferentes níveis de proficiência em língua portuguesa e matemática.

 


 

 

 

 

Ações em andamento

Entre as ações já implementadas pelo Governo do Estado para aprimorar o desempenho dos alunos, estão a ampliação do Ler e Escrever com ênfase em matemática para os anos iniciais do Ensino Fundamental; a implantação da Avaliação da Aprendizagem em Processo, responsável por diagnosticar as defasagens a fim de recuperar o aprendizado no ciclo II do Ensino Fundamental e no Ensino Médio; e as novas modalidades de Ensino Médio, em tempo integral e técnico. Há ainda os novos modelos de recuperação e o projeto voltado para as 1.206 escolas prioritárias em todo o Estado.

Resultado do investimento nos anos iniciais

O desempenho do 5º ano do Ensino Fundamental merece destaque pois não só apresentou um aumento significativo das médias, como também uma melhora da distribuição dos alunos entre os níveis Adequado e Avançado. O programa Ler e Escrever é um dos trabalhos que motivaram esse resultado.

Voltada aos alunos de 1º a 5º ano do Ensino Fundamental, a ação será ampliada este ano no seu alcance e conteúdo. Além de um aprofundamento na produção escrita nas aulas de língua portuguesa, o programa dará uma maior ênfase à matemática. Mais de 26 mil educadores passarão por formação específica, a partir do dia 22 deste mês em 14 polos distribuídos pelo Estado. Além disso, 3.375 kits de material de apoio serão fornecidos a todas às mais de 1.700 escolas que oferecem ciclo I e será feita a aquisição de obras específicas para a fundamentação teórica dos professores.

O desafio do Ensino Médio

O Ensino Médio é foco de programas específicos no Estado de São Paulo, que enfrenta nesse nível de ensino uma questão histórica. “Nosso desafio com o Ensino Médio é maior porque seu desempenho atual reflete todo um longo passado de exclusão no acesso ao ensino, que só começou a ser revertido a partir dos anos 1980”, afirmou o secretário Herman Voorwald. “A rede estadual de São Paulo conseguiu triplicar o número de matrículas nesse nível de ensino de 1985 a 2010, aumentando de 545 mil para 1,512 milhão. O que o Governo de São Paulo fez nesses 25 anos exigiu muitas décadas, até mesmo mais de um século, em países desenvolvidos.”

Com o objetivo de diversificar o currículo e estimular o jovem a criar um projeto de vida, seja no mundo do trabalho ou em âmbito acadêmico, acaba de ter início na rede estadual o Ensino Médio Integral. Inicialmente, o modelo, que conta com um regime especial de trabalho para os docentes, foi implantado em 16 unidades em todo o Estado, atendendo a 6 mil estudantes. A intenção é de que até o fim da atual gestão sejam criadas 300 unidades.

Outra iniciativa voltada aos jovens estudantes é a Rede Ensino Médio Técnico, que possibilita o acesso de alunos do Ensino Médio regular das escolas estaduais à educação profissional técnica. O programa já ofereceu 30 mil vagas para alunos da 2ª série do Ensino Médio de 95 municípios do Estado por meio de parceria com 245 instituições de ensino técnico particulares. Este ano, foi introduzida ainda a modalidade de currículo integrado ao do Ensino Médio, com a participação de 68 escolas técnicas do Centro Paula Souza e outras 21 do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Para 2014, a meta é beneficiar aproximadamente 450 mil alunos, ou seja 30% de todo o Ensino Médio da rede estadual.

São Paulo no panorama nacional

Em nível nacional, os indicadores de desempenho da rede estadual de São Paulo superam metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), estabelecidas pelo Ministério da Educação para todos os níveis de ensino em 2007 e em 2009 (os dados de 2011 ainda não foram divulgados).

No ciclo I do Ensino Fundamental (4ª série/5º ano), o Ideb obtido em 2007 foi de 5,0, enquanto a meta era de 4,8. Em 2009, o índice foi de 5,5 para uma projeção de 5,1. No ciclo 2 do Ensino Fundamental (8ª série/9º ano), o Ideb alcançado em 2007 foi de 4,3, um ponto acima da meta projetada. Em 2009, o índice foi 4,5, sendo que a meta era 4,4. E na 3ª série do Ensino Médio, em 2007 e em 2009, o resultado foi 3,9 para metas de, respectivamente, 3,6 e 3,7.

Escolas prioritárias

Para reduzir a desigualdade de aprendizado no Estado, o programa Educação — Compromisso de São Paulo prevê intervenção e monitoramento permanentes em 1.206 unidades de ensino consideradas de maior vulnerabilidade tanto no aspecto socioeconômico, como nos de infraestrutura e de aprendizagem. Desse total, 1.082 escolas oferecem Ensino Médio.

Para essas unidades, haverá prioridade na formação continuada de professores, investimentos em infraestrutura, atribuição de professores-mediadores, salas de leituras e projetos especiais de recuperação do aprendizado dos alunos. O investimento em obras previsto para o primeiro semestre é de R$ 178 milhões.

Outra ação específica para as escolas prioritárias é a implantação a partir deste ano da Residência Educacional, nova possibilidade de estágio para universitários que tem como objetivo fortalecer os cursos de licenciatura e colaborar no enfrentamento das vulnerabilidades de aprendizagem das escolas estaduais.