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terça-feira, 23/11/2004
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Dia da Consciência Negra foi comemorado com a beleza negra em Escola Estadual

Preservar a memória é uma das formas de construir a história. É pela   manutenção  dessa memória, que nos últimos 32 anos se comemora,  no dia 20 de novembro, o Dia […]

Preservar a memória é uma das formas de construir a história. É pela   manutenção  dessa memória, que nos últimos 32 anos se comemora,  no dia 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra. Na data em homenagem a Zumbi, um dos últimos líderes do Quilombo dos Palmares, que se transformou em ícone da resistência negra ao escravismo e da luta pela liberdade, a Escola Estadual Solano Trindade promoveu um grande projeto pedagógico.

A escola dedicou uma semana inteira ao projeto que culminou com um desfile da   beleza   negra. Para a preparação da semana, os alunos dividiram as atividades. Coordenados pelos professores, eles trabalharam diversos temas, como  escravidão, preconceito e discriminação; culinária e vestimenta; música; estatísticas da inclusão do negro em diversos setores da sociedade; artistas internacionais; momento Hip Hop;  poemas  e poesias; ensaios com um  grupo de dança black; debate; discussão e teatro.

Durante a semana de trabalhos, foram exibidos diversos filmes voltados para o tema. Entre os nomes estavam O meu nome é rádio,  Olhos azuis,  A espera de um milagre, Duelo dos Titãs e Ao mestre com carinho. No dia 17, houve um debate sobre os filmes e entrega de relatórios. No dia 18, apresentação de teatro, paródias e danças e, pra encerrar a semana, o desfile Fashion Week.

 O convite de apresentação do desfile trazia  a estampa do projeto com a frase de Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta”.

“A iniciativa da escola foi mostrar a diferença e a luta pela visibilidade da discriminação”, disse o coordenador pedagógico da escola, Crispim Alves.

A iniciativa da escola Solano Trindade culmina com a proposta pedagógica da Secretaria de ampliar a discussão e incluir no currículo escolar a ampliação do programa São Paulo: Educando pela Diferença para a Igualdade que deverá capacitar até abril do ano que vem, 3.200 educadores que deverão multiplicar os conhecimentos no sentido de enfrentar a questão da discriminação e tornar o ensino afro uma ação educativa ampla dento da rede pública estadual.

Luciane Salles