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quinta-feira, 29/08/2019
Boas Práticas

Documentário com alunos da rede estadual estreia nesta quinta

Com mais de 50 sessões abertas ao público em diversas cidades brasileiras, longa-metragem debate temas como masculinidade tóxica e machismo

O silêncio dos homens, documentário que conta com a participação de estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Profª Drª Doroti Quiomi Kanashiro Toyohara, localizada no bairro de Pirituba, na Capital, estreia nesta quinta-feira (29). Serão mais de 50 sessões abertas ao público em diversas cidades brasileiras.

Confira aqui confira a lista de salas.

Dirigido por Ian Leite, o filme se propõe a investigar as dores, sofrimentos, obstáculos, omissões, qualidades, riquezas e processos de mudança dos homens. Também aborda temas como masculinidade tóxica, machismo e sexismo. O filme é produto de encontros do projeto Plano de Menino, que propõe rodas quinzenais de conversa entre os estudantes.

Um dos encontros, com 20 meninos e 5 meninas, foi filmado e incluído no longa-metragem com entrevistas. “A gente pôde documentar como as questões de gênero são trabalhadas com os estudantes no ambiente escolar e mostrar como os jovens estão inseridos nesse tema, quais são as dificuldades e incertezas sobre a masculinidade”, avalia o diretor do filme, Ian Leite.

Essa não é foi primeira vez que estudantes da unidade tomam partido na luta por uma sociedade melhor. Há três anos, o projeto Plano de Menina trazia os temas para a perspectiva feminina. “Já dá para notar que os meninos também começam a entender seu papel na sociedade, temos menos comentários machistas e sexistas, as relações entre eles melhoraram muito.”, explica a diretora da unidade, Eliana Malteze.

Criado pela jornalista e empreendedora Viviane Duarte, o Plano de Menina nasceu em 2016 como uma plataforma de protagonismo da mulher. O objetivo era conectar, por meio de workshops, meninas de periferia a mulheres de diversas áreas do conhecimento e conteúdos transformadores.  “É importante debater esse movimento de transformação e conscientização começando desde cedo e conectando diferentes gerações”, pondera Érica Miranda, professora da rede.

A versão masculina começou como projeto-piloto na Etec de Pirituba em março. “É importante que eles deixem de ser reféns de um sistema que marginaliza os meninos da periferia e acreditem que a violência e o crime não são a única alternativa”, explica Viviane. “Queremos que eles se tornem homens transformadores e inspiradores para a geração deles”, conclui.