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quarta-feira, 20/02/2013
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Educação convida 155 escolas para expandir novo modelo de tempo integral

Familiares de alunos e equipes escolares decidem até 13 de março adesão a programa iniciado em 2012, no qual professores têm adicional de 75% para dedicação exclusiva Unidades pré-selecionadas estão em […]

Familiares de alunos e equipes escolares decidem até 13 de março adesão a programa iniciado em 2012, no qual professores têm adicional de 75% para dedicação exclusiva

Unidades pré-selecionadas estão em 88 municípios do Estado

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo começa nesta semana a consulta a 155 escolas estaduais pré-selecionadas para integrar o novo modelo de escola de tempo integral a partir de 2014. Os conselhos escolares dessas unidades, localizadas em 88 municípios paulistas, deverão decidir até 13 de março se vão aderir ao programa.

Iniciado em 2012 em 16 escolas de Ensino Médio, o programa foi ampliado neste ano para outras 53 unidades, inclusive no ciclo II (6º ao 9º ano) do Ensino Fundamental. O novo modelo é implantado mediante adesão, a partir de consulta feita a escolas pré-selecionadas. Os critérios de seleção incluem os níveis de ensino oferecidos (ciclo II do Fundamental e Médio), não ser a única na cidade, não ser compartilhada com unidades municipais e possuir número mínimo de salas de aula, além de espaço físico adequado para a implantação de instalações específicas.

“O novo modelo de escola de tempo integral foi  concebido a partir dos resultados de pesquisas, avaliações e experiências educacionais realizadas no Brasil e em outros países. A ampliação da jornada escolar é uma estratégia fundamental para garantir um salto de qualidade da educação de nossos alunos, de modo a cumprir com um dos principais objetivos estabelecidos pelo governador Geraldo Alckmin, ao criar o programa Educação – Compromisso de São Paulo, que é fazer de nossa rede estadual de ensino um dos melhores sistemas educacionais do mundo”, afirma o secretário da Educação do Estado de São Paulo, professor Herman Voorwald.

Uma avaliação diagnóstica realizada nos meses de março e setembro de 2012 pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo nas 16 escolas de Ensino Médio em que o programa foi iniciado no ano passado mostra que o modelo teve importante impacto no aprendizado dos estudantes.

No exame de leitura e interpretação de texto a comparação de resultados, em escala de 0 a 100, saltou de 47,1 para 61 pontos entre os alunos da 1ª série do Ensino Médio. A melhora foi de 29,5% em sete meses. Para a 2ª série, a avaliação avançou da média de 46,4 para 62,9 pontos no mesmo período, ou seja, 35,5% de crescimento. O melhor desempenho aconteceu na 3ª série, quando os resultados saíram de 33 para 60 pontos, 81% de aumento. 

Em produção de texto, os resultados aumentaram de 37,9 para 47,4 pontos, 43,8 para 53,4 pontos e 47 para 59,4 pontos, respectivamente, na 1ª, 2ª e 3ª série.

Na avaliação de matemática, os ganhos também são expressivos. A média de resultado dos alunos da 1ª série saltou de 32,9 para 45,7 pontos, o que representou um crescimento de 38,9%. Na 2ª série, a nota aumentou 71,1%, de 23,9 para 40,9 pontos. As turmas de 3ª série saíram de 22,6 para 31,4 pontos, ou seja, uma evolução de 38,9%.

“Os resultados positivos da avaliação são reflexos dos três eixos estruturantes do programa: excelência acadêmica, professores com dedicação exclusiva a uma unidade escolar e o protagonismo juvenil”, acrescenta Valéria de Souza, coordenadora do programa.

Diferenciais do novo modelo

No novo modelo de escola de tempo integral, a jornada é de oito horas e meia no Ensino Fundamental e de nove horas e meia no Ensino Médio, incluindo três refeições diárias. A estrutura conta com salas temáticas de português, história, arte e geografia e salas de leitura e informática.

Na matriz curricular, os alunos terão orientação de estudos, prática de ciências, preparação acadêmica e para o mundo do trabalho e auxílio na elaboração de um projeto de vida, que consiste em um plano para o seu futuro.

Além das disciplinas obrigatórias, os estudantes contam também com disciplinas eletivas, que são escolhidas de acordo com seu objetivo. Cada escola define quais serão elas, conforme o interesse dos alunos. Podem ser aulas relacionadas a línguas, tecnologia, artes, entre outros temas. O intuito é contribuir para que o jovem esteja apto para a realização do seu projeto.

Outro ponto forte do novo modelo está no sistema de trabalho oferecido para os docentes que atuarem exclusivamente nas escolas de ensino integral. É um regime de dedicação plena e integral de 40 horas semanais com carga horária multidisciplinar, que promove uma maior aproximação entre professor e aluno.

Para isso o docente recebe uma gratificação, que, por meio de lei sancionada em dezembro do ano passado, foi ampliada de 50% para 75% sobre o salário do professor, inclusive sobre o que foi incorporado durante sua carreira. Por exemplo, para um professor que acabou de entrar na rede ou que ainda esteja na faixa 1/nível 1 a remuneração passará de R$ 2.088 para R$ 3.654. A gratificação é computada nos cálculos do 13º salário, do acréscimo de um terço de férias e dos proventos da aposentadoria.

Para estarem aptos para desenvolver as atividades previstas na matriz curricular diferenciada, os professores atuantes no novo modelo de escolas de tempo integral passam por uma formação específica.

Mais informações sobre o programa podem ser obtidas no Portal da Secretaria da Educação.

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