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terça-feira, 17/05/2016
A Escola Que Queremos

Representantes estudantis participam de debate sobre gestão democrática em SP

Educação apresentou projeto de gestão democrática aos estudantes da E.E. Ministro Costa Manso

Como parte do objetivo de garantir e ampliar a gestão democrática nas cinco mil escolas estaduais do Estado de São Paulo, a Educação participou, no último dia 13 de maio, de um debate com alunos e representantes da E.E. Ministro Costa Manso. Coordenador do projeto de gestão democrática da Secretaria da Educação, Wilson Levy esteve na escola para conversar com os estudantes.

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“Uma das missões da Educação é formar para a cidadania. E não dá para formar para a cidadania sem transmitir aos estudantes os valores da democracia. Se você é chamado para resolver os problemas junto do Governo, consequentemente você também se torna responsável por eles. E uma das principais demandas do movimento estudantil é a ampliação da comunicação com os canais da Secretaria. Eles querem ser ouvidos e se sentir parte das tomadas de nossas decisões. E esse é o nosso gesto ao criar esse projeto”, afirmou.

Para ajudar na concretização da iniciativa, a Educação convoca a sociedade para a construção de um novo projeto de lei, que terá como objetivo aprimorar as ações que já estão em prática na rede estadual – como Conselhos de Escolas, Grêmios Estudantis, Associações de Pais e Mestres – traçar outras estratégias para a administração igualitária nas unidades de ensino e dar voz as reivindicações dos estudantes da rede estadual.

O foco da primeira fase do projeto é identificar os instrumentos já adotados pelas 91 Diretorias de Ensino e equipes gestoras. Atualmente, estudantes, professores e familiares têm espaço cativo nos Conselhos de Escolas, Associações de Pais e Mestres e Grêmios Estudantis. Em 2015, por exemplo, essa última instância esteve presente em mais de 3,5 mil escolas. Com as últimas eleições, realizadas em abril, a previsão é que as agremiações cheguem à totalidade da rede.

Na segunda etapa, um encontro estadual, marcado para agosto, vai debater com a comunidade educacional a ampliação das iniciativas nas escolas. Para tanto, serão convidados representantes do Conselho Estadual de Educação, União Brasileira dos Estudantes, sindicato dos professores, universidades públicas e outros atores importantes para a construção das diretrizes. É, portanto, a partir dessas contribuições e de uma consulta pública aberta em todos os municípios paulistas que o projeto de lei será elaborado.

O plano apresentado pela Educação ainda prevê a formação completa de professores, supervisores de ensino e equipes. A ideia é que o documento seja o orientador das escolas durante o planejamento para o ano letivo de 2017. Além disso, como o suporte da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores (EFAP), serão definidos indicadores e instrumentos de monitoramento e avaliação da gestão democrática.

Frente do diálogo

A Educação também publicou uma resolução criando a Frente de Instituições Públicas pela Educação do Estado de São Paulo (Fipesp). Com ela, serão convidados representantes do Tribunal da Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradoria Geral do Estado, Assembleia Legislativa e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para participar de audiências públicas e encontros com estudantes, pais ou responsáveis, profissionais de educação e comunidade escolar.

A Frente também terá atuação no planejamento de ações no caso das ocupações das escolas estaduais e em episódios de conflitos entre alunos, equipes escolares e a própria Educação.

A ideia é que as instâncias parceiras participem da mediação e contribuam com a expertise de cada órgão na solução de problemas. A formação do grupo também auxilia as estratégias previstas no Plano Nacional de Educação – meta 19: “Assegurar condições, no prazo de 2 anos, a partir da aprovação do PEE, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União”.

Ouvindo os alunos

Em São Paulo, a gestão democrática já é assegurada nas escolas na presença de grupos como a Associação de Pais e Mestres, Conselhos de Escola e Grêmio Estudantil. Neste ano foram lançadas medidas complementares para diálogo com estudantes da rede estadual. O secretário José Renato Nalini iniciou o projeto “A Escola que Queremos”, no qual tem ido a escolas estaduais ouvir estudantes e seus familiares.

Em abril, a Educação promoveu uma eleição unificada de representantes gremistas. Em todo o Estado, cada unidade teve autonomia para convocar a assembleia geral e elaborar o estatuto.