Agora os alunos do Ensino Fundamental ganham a oportunidade de aprender, brincando, a como se planejar financeiramente. Mas, com tão pouca idade, isso é necessário? A resposta é sim. Quanto mais cedo os pequenos souberem lidar com finanças, menos problemas com dinheiro terão na fase adulta. Por isso, a Educação oferece o game “Edu no Planeta das Galinhas”, um curso gratuito que ajuda estudantes do 4º ao 6º ano. A iniciativa foi desenvolvida pela EVESP (Escola Virtual do Estado de São Paulo), em parceria com o site Educar 3.0.
A plataforma da EVESP pode ser acessada pelo site da Secretaria Escolar Digital e realizar o login com o RA, seguido da união federativa. A senha para o primeiro acesso é a data de nascimento do aluno. Na sessão de funcionalidades, do lado esquerdo da tela, é só clicar em “Edu no planeta das Galinhas” para começar o jogo. Simples assim!
O Edu é um porquinho astronauta que viaja pelo espaço e leva o jogador a diversas aventuras, enquanto ambos resolvem problemas na área da Economia. E, dessa forma, o uso consciente do dinheiro é trabalhado. Além disso, o “Edu no Planeta das Galinhas” exercita competências para o controle do orçamento utilizando elementos lúdicos em situações metafóricas, propostas pela própria estória.
O jogo já está sendo utilizado em algumas escolas da rede estadual paulista. Na EE Professora Maria Ribeiro Guimarães Bueno, na capital, ele é a base da disciplina eletiva “Dinheirama”. Nessa matéria, alunos de 11 e 12 anos aprendem noções do mundo das finanças.
“Usando o exemplo das tarefas presentes no jogo, perguntamos aos alunos como eles distribuiriam um dinheiro que receberam”, explica a coordenadora pedagógica Cássia Moraes. A educadora comenta que, em geral, eles se empolgam e falam que gastariam tudo comprando jogos e brinquedos. É nesse momento que o professor intervém e questiona o que as crianças fariam se tivessem uma emergência, levando-as a refletir sobre a necessidade de poupar.
João Vitalino, técnico da Equipe Curricular de Matemática, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, afirma que o game favorece a autonomia na reflexão crítica sobre economia que será essencial para o estudante fora da escola. “O jogo potencializa a oportunidade de os alunos construírem argumentações que justifiquem as decisões tomadas para poupar, investir, consumir e negociar”, conta o técnico.