Projeto Aula Interativa tem como principal objetivo aprimorar o processo de ensino e aprendizagem com o apoio de recursos tecnológicos
Foi publicado hoje (04/04) no Diário Oficial do Estado o chamamento público para a realização de estudos técnicos voltados ao desenvolvimento do projeto Aula Interativa, que será implementado por meio de parceria público-privada (PPP).
As empresas interessadas têm até o dia 16 de abril para se cadastrar. As instruções podem ser consultadas aqui ou na edição de hoje do Diário Oficial. Após o cadastramento, as instituições privadas terão no máximo 90 dias para apresentar as propostas.
A ação é destinada às escolas e classes de Ensino Fundamental ciclo II (6º ao 9º ano) e de Ensino Médio da rede estadual e tem por objetivo contribuir para melhorar as condições de ensino e aprendizagem com o uso de tecnologias em sala de aula, integrando conteúdos digitais interativos, formação de docentes e equipamentos.
O propósito é aprimorar a prática pedagógica e potencializar a dinâmica em sala de aula a partir da utilização de recursos tecnológicos, como vídeos, áudios, objetos de aprendizagem e conteúdos que incentivem a participação, a curiosidade e a interatividade entre alunos e professores. Deverão ser beneficiados cerca de 3 milhões de estudantes e mais de 160 mil docentes das classes de ciclo II do Ensino Fundamental e de Ensino Médio.
O resultado dos estudos subsidiará a elaboração do edital de licitação da parceria público-privada, que tem investimento estimado em R$ 5,5 bilhões, em um prazo de 10 anos. O valor final será definido no processo licitatório, a última etapa do processo. O cronograma atual prevê a assinatura do contrato no início de 2013.
“Além da elaboração de conteúdos de forma adequada às novas tecnologias e às necessidades do aprendizado de nossos alunos, o foco do projeto Aula Interativa está também na formação continuada de nossos professores, tendo como objetivo a melhoria da qualidade do ensino”, afirmou Herman Voorwald, secretário da Educação do Estado de São Paulo.
“O mais relevante é que o projeto não se limita à aquisição de equipamentos. A prioridade está nos conteúdos e na formação dos docentes, que terão a tecnologia como apoio nos processos de ensino e aprendizagem”, afirma Vera Lúcia Cabral Costa, coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores (EFAP) “Paulo Renato Costa Souza”. A educadora ressalta ainda a abordagem global da iniciativa. “A empresa a ser contratada será responsável por toda a instalação, manutenção e atualização tecnológica dos equipamentos, bem como gestão, produção e renovação dos conteúdos e formação dos professores”, aponta.
Caberá à Secretaria da Educação coordenar todo o trabalho. “A Pasta será responsável pelo monitoramento e a avaliação de cada umas das fases, visando à adequada implementação e à obtenção de resultados efetivos”, destaca Adriano Cansian, diretor de Tecnologia da Informação da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).