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sexta-feira, 18/10/2002
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Educação Inclusiva é tema de encontro promovido pela Secretaria Estadual da Educação

A Inclusão no Cenário Escolar é o tema do Encontro Estadual realizado pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo na próxima segunda-feira dia 21 de outubro, às 8horas, […]

A Inclusão no Cenário Escolar é o tema do Encontro Estadual realizado pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo na próxima segunda-feira dia 21 de outubro, às 8horas, no Espaço APAS. O Encontro contará com a presença do Secretário de Estado da Educação, professor Gabriel Chalita; de outras autoridades do Estado; da Secretária da Educação Especial do Ministério da Educação (MEC), Profª Marilene Ribeiro dos Santos e de representantes do UNICEF e da UNESCO.

A heterogeneidade da sociedade moderna se reflete no ambiente escolar, e a escola precisa estar preparada para atender as necessidades de seus alunos e conviver com a diversidade, transformando-se numa “ESCOLA PARA TODOS”. Por isso, o objetivo da Secretaria, além de apresentar sua experiência em Educação Inclusiva, é promover o intercâmbio de informações entre profissionais dos níveis regionais de ensino da rede estadual paulista, de Universidades, Conselhos de Educação, Ministério Público e outras instituições afins.

O Encontro também poderá subsidiar a elaboração dos projetos pedagógicos na perspectiva da Escola Inclusiva, reconhecendo o valor das diferenças e da convivência na diversidade. Para tanto, especialistas da área vão discutir: Os Desafios da Inclusão; O Contexto Pedagógico; A Legislação e a Inclusão Escolar na Rede de Ensino Estadual.

“Num mundo onde as guerras e a intolerância começam com simples atritos, a escola possui um papel fundamental na construção de uma sociedade melhor, mais humana, onde o respeito pelas diferenças prevaleça. Discutir a escola inclusiva é o primeiro passo para a construção de uma escola cidadã. Quando eu respeito as diferenças do meu semelhante estou me tornando um cidadão “, analisa o secretário de Educação, professor Gabriel Chalita.

Para o pesquisador da Universidade Mackenzie e um dos conferencistas, profº Marcos José da Silveira Mazzotta, é muito importante desencadear esse debate para abordar a integração e a inclusão escolar. “É fundamental que se entenda que as necessidades especiais não decorrem linearmente das condições individuais tomadas isoladamente, mas apresentam-se concreta e objetivamente entre a pessoa e as situações de vida”, conclui Mazzotta.

Já a livre docente da Faculdade de Educação da USP, profª Leny Magalhães Mrech, enfatiza a importância de discutir a interface entre o jurídico e o pedagógico. “Pensar em Educação Inclusiva hoje no Brasil, é disseminar nas escolas, nos Conselhos Tutelares, a garantia da defesa dos direitos da pessoa com deficiência, criar um espaço dentro da sociedade”, afirma Leny.

Educação Inclusiva

Para garantir uma escola para todos, a Secretaria implantou uma série de Programas que visam atender as necessidades educacionais de seus alunos. Como por exemplo, as Classes de Aceleração que auxiliam os estudantes a alcançarem a idade/série adequada; a Progressão Continuada que respeita o ritmo de aprendizado; a ampliação da Educação de Jovens e Adultos, criando oportunidade para aqueles que não estudaram no tempo certo; e a ampliação de vagas nas escolas da rede estadual de ensino garantindo vagas para todos; a inclusão dos portadores de necessidades especiais nas salas regulares de ensino com apoio das salas de recursos; entre outros.

Necessidades Educacionais Especiais

Atualmente, mais de 50% dos 33 mil alunos portadores de necessidades educacionais especiais atendidos pela rede estadual de ensino já estudam nas salas regulares. O que representa 17 mil alunos atendidos diretamente nas 1.485 escolas da rede pública estadual e 243 entidades, incluindo APAEs e outras instituições AMA, AACD e Casa da Criança. Os 16 mil restantes são alunos com necessidades específicas que são atendidos através de convênios da Secretaria com instituições especializadas.

Além disso, a rede estadual de ensino também conta com o trabalho desenvolvido no CAPE – Centro de Apoio Pedagógico Especial – inaugurado em novembro do ano passado. Este Centro é responsável pela capacitação dos professores das escolas estaduais e também pela produção de recursos pedagógicos de apoio à educação inclusiva. O CAPE foi o pioneiro no Estado de São Paulo na produção do livro em braile junto ao PNLD em 1994.

Serviços:

Data: 21 de outubro de 2002

Horário: 8horas

Local: APAS – Associação Paulista de Supermercados

Rua Pio XI, 1.200 – Alto da Lapa – São Paulo