A Educação criou um esquadrão contra o Aedes aegypti. A luta contra mosquito virou bandeira na rede estadual de ensino e também é tarefa número 1 deixar as unidades escolares livres de possíveis focos de dengue e zika. As ações incluem desde a limpeza de calhas, caixas d’água até formação de professores. A E.E. Milton da Silva Rodrigues recebeu, nesta sexta-feira (19), a visita do secretário da Educação, José Renato Nalini e do ministro das Comunicações, André Figueiredo.
O secretário da Educação conversou com os alunos sobre a ação. “Essa escola é muito respeitada nas avaliações, naquilo que apuramos e não é um mosquito que vai atrapalhar nosso trajeto. Vocês têm muito mais força dentro de casa e na comunidade. Esse projeto vai mudar a vida não só de vocês, mas a vida de São Paulo, do Brasil e pra melhor. Essa é só a primeira etapa, temos que continuar até erradicar”.
A escola, que funciona em tempo integral, desenvolve desde o ano passado ações voltadas ao combate e à conscientização dos alunos. Os 360 estudantes do Ensino Médio receberam sementes de plantas crotalaria, uma espécie capaz de atrair libélulas, um predador natural do Aedes. Os estudantes também têm aula sobre o tema nos laboratórios de Biologia.
Além de incentivar ações como as da Milton Rodrigues, a Educação também promoveu nesta sexta-feira (19) uma formação online com professores das 91 diretorias de ensino. No encontro, agentes da Secretaria da Saúde do Estado e da Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) reforçaram estratégias de prevenção e cuidados. As equipes pedagógicas receberão ainda dicas do que deve ser feito nas escolas e em casa para evitar a disseminação da epidemia. O vídeo ficará disponível na biblioteca da Rede do Saber (www.rededosaber.sp.gov.br).
A proposta é que esse conteúdo também faça parte das aulas do Ensino Fundamental e Médio. Na rede estadual paulista, a infestação do mosquito já é tema do currículo básico de Ciências e Biologia. Com o avanço da doença no Brasil e em outras partes do mundo, os estudantes terão a chance de debater as últimas pesquisas e vacinas em fase de teste.
Esta não é a primeira vez que as secretarias da Educação e Saúde participam de uma ação em conjunto. Desde 2012, as duas pastas trabalham em cursos de formação de gestores e professores, e na distribuição de cartazes e folders impressos com importantes informações sobre a doença, eliminação de criadouros e dados epidemiológicos.
Cuidado redobrado antes da volta às aulas
Além do trabalho pedagógico, a Secretaria redobrou a atenção com as áreas externas dos prédios escolares. Em dezembro, as Associações de Pais e Mestres (APM) receberam mais de R$ 37 milhões para os serviços de reparo e conservação. A lista inclui, entre outras ações recomendadas pelos agentes de saúde, a limpeza das calhas e caixas d’água e a retirada de entulho dos prédios escolares.
