• Siga-nos em nossas redes sociais:
quarta-feira, 10/01/2018
A2ad/Diogo Moreira
A Escola Que Queremos

Educação teve mais de 10 mil estrangeiros matriculados nas escolas da rede em 2017

Número cresceu 15% em relação a 2016; estudantes bolivianos são maioria

Cultura, idioma e conhecimento são compartilhados diariamente entre estudantes brasileiros e os 10.298 estrangeiros matriculados nas escolas da rede estadual paulista. Os dados de novembro do Cadastro do Aluno da Secretaria Estadual da Educação mostram que o número é 15% maior do que o registrado em 2016, quando 8.942 não brasileiros estavam nas unidades escolares de São Paulo.

Dentre os alunos de diversas nacionalidades espalhados pelas 91 Diretorias de Ensino do Estado, estão mais de quatro mil bolivianos, 1,2 mil japoneses, cerca de 550 angolanos e aproximadamente 540 haitianos.

Para que a dificuldade da língua e dos costumes sejam minimizados, crianças e jovens são incentivados a participar de eventos culturais e pedagógicos. Já os inscritos na EJA (Educação de Jovens e Adultos) recebem, além da alfabetização em português, ferramentas para a inserção no mercado de trabalho.

Uma das iniciativas está na cidade de Sorocaba. Os haitianos residentes no Bairro do Éden e matriculados na unidade escolar da região, além da grade curricular regular, em 2017, receberam 40 horas de aulas de elétrica e informática.

“Eles (alunos) também foram instruídos sobre as leis do País, por meio de uma parceria com a subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Sorocaba”, explica a vice-diretora da E.E. Bairro do Éden, Tania Cristina Alves. Segundo ela, a escola ainda conta com o apoio de outras instituições para a manutenção de cursos aos imigrantes.

Corpo docente capacitado

Para que os estrangeiros recebam o suporte educacional adequado, a Educação oferta capacitação constante aos docentes e publicou documento orientador para acolhimento dos estudantes da rede estadual.

O texto apresentado ao Comitê Estadual para Refugiados do Estado de São Paulo (CER/SP) contou com a colaboração da CARITAS Arquidiocesana de São Paulo, CAMI (Centro de Apoio e Pastoral do Migrante), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), Grupo Veredas – Psicanálise e Imigração, IKMR (I Know My Rights) e o CDHIC (Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante).

Além disso, as Diretorias Regionais de Ensino também ofertam suporte técnico e pedagógico às unidades escolares, cursos, seminários, palestras, entre outras modalidades de formação continuada, por meio de seus Núcleos Pedagógicos. As atividades são voltadas à formação dos coordenadores e professores.

Alunos estrangeiros compartilham desafios da Língua Portuguesa

O Português é uma das línguas mais difíceis de aprender no mundo. Se os próprios brasileiros têm dificuldades, você já imaginou o quão complicado é para os imigrantes que procuram o Brasil para fixar moradia? São tantas regras que acabam confundindo a cabeça de qualquer um.

Assista, abaixo, o vídeo bem-humorado que a Educação preparou sobre esses desafios enfrentados por alunos da rede estadual, que estudam na E.E Eduardo Prado.