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terça-feira, 15/10/2013
Imprensa

Educação traça perfil inédito e detecta que ‘Marias e Josés’ são maioria entre professores

Levantamento inédito da Secretaria mostra nomes e outras características mais comuns

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo acaba de traçar o perfil dos profissionais que atuam na maior rede de ensino do País. O levantamento é comemorativo ao Dia do Professor, celebrado no dia 15 de outubro. O cruzamento de dados feito pela Secretaria mostra que as “Marias” e os “Josés” são os nomes mais comuns entre os 230 mil docentes da rede.

O levantamento detecta ainda que nos anos iniciais as mulheres são maioria no comando das salas de aula, mas a proporção de homens que ensinam cresceu ao longo dos últimos cinco anos, passando de 22,4% em 2008 para os atuais 26,2%. No geral, o sexo feminino responde por 73,8% entre professores e no recorte entre o 3º e o 5º anos do Ensino Fundamental a parcela delas chega 97% entre os docentes.

Apesar dos homens serem minoria em quase todas as disciplinas, em física eles superam as mulheres na função e chegam a 53% entre os profissionais. Em química, eles também são numerosos, 45,8% do quadro. Já em língua portuguesa as professoras somam 89,1%.

Sobre a idade, o levantamento mostra que a maioria dos professores (52,2%) nasceu entre 1976 e 1983. Já oito em cada dez professoras (80,9%) têm como ano de nascimento entre 1975 e 1982. O levantamento também aponta o tempo de atuação na rede. Nos anos iniciais, mais da metade dos professores (50,9%) leciona há 20 anos ou mais. Nas outras séries avaliadas foi identificado que 47,2% têm como tempo de docência entre 2 e 10 anos.

Para chegar aos dados, a Secretaria utilizou o questionário aplicado no Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar) a cerca de 60 mil professores e o banco de dados da Coordenadoria de Informação e Monitoramento Educacional (CIMA) da Secretaria, abastecida com informações do departamento de Recursos Humanos da Pasta.

“Os nossos professores são a prioridade da nossa atuação e cada um deles tem importância essencial no aprendizado dos mais de 4 milhões de alunos”, afirma o secretário da Educação, professor Herman Voorwald. “As ações da Secretaria são para ampliar ainda mais o número destes profissionais na rede, seja por meio da realização do maior concurso da história que acontece em novembro e selecionará 59 mil docentes, seja pelo programa Residência Educacional, pioneiro no País, que trouxe o universitário para as escolas estaduais, contribuindo com a formação do futuro professor”, completa.

Especialização

A formação constante dos profissionais da rede estadual de ensino é um dos pilares desta gestão. O levantamento mostra que cerca de 43% dos profissionais da rede que atuam nos 7º, 9º e 3ª série do Ensino Médio têm alguma especialização, como pós graduação, mestrado e doutorado.

Além disso, por meio da Efap (Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores), foram registrados este ano 105 mil participações de docentes, número 88,6% maior do que os 55 mil registrados em 2010. É na EFAP em que os professores ingressantes na rede passam pela formação inicial. Será nela que os 20 mil convocados no início do ano – após passarem pelo processo seletivo de novembro – vão começar a atuação nas escolas estaduais. As novas Marias, Anas, Josés e Antônios da rede estadual.

Os dados:

Características das mulheres

Marias – são 14.235 delas
A maioria (80,9%) tem entre 31 e 38 anos.

As mulheres representam 73,8% da rede
Outros nomes comuns: Anas, Marcias, Sandras e Adrianas

 

Características dos homens

Josés – são 2.536 deles
A maioria dos professores homens (52,2%) tem entre 30 e 37 anos

– Aumento proporcional de homens nos últimos 5 anos

A proporção de homens nas salas de aula passou de 22,4% em 2008 para os atuais 26,2% em 2013

Características do ciclo de atuação

Professores do 3º e 5º ano

97,5% são mulheres
50,9% lecionam há mais de 20 anos

Professores do 7º, 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do ensino médio

73% são mulheres
47,2% lecionam entre 2 e 10 anos
42,4% têm alguma especialização

Divisão de sexo por disciplina de atuação:

Língua Portuguesa:

89,1% mulheres

10,9% homens

Ciências:

77,5% mulheres

22,5% homens

Biologia:

70,5% mulheres

29,5% homens

Química:

54,2% mulheres

45,8% homens

Física:

47% mulheres

53% homens

Matemática:

64% mulheres

36% homens